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Autárquicas 2021

Santos da casa procuram milagres. Uma tarde em Coimbra em dia de tiros

Francisco Rodrigues dos Santos com o pai e o avô em Nogueira do Cravo, concelho de Oliveira do Hospital, de onde a família é natural
Francisco Rodrigues dos Santos com o pai e o avô em Nogueira do Cravo, concelho de Oliveira do Hospital, de onde a família é natural
NUNO FOX

Francisco Rodrigues dos Santos fez campanha na sua aldeia ao lado do parente Francisco dos Santos Rodrigues, depois de uma arruada morna na cidade decisiva: Coimbra. O líder do CDS atribuiu os tiros de Palmela a forças "altamente radicais". Quem? Não se sabe.

Santos da casa procuram milagres. Uma tarde em Coimbra em dia de tiros

Vítor Matos

Jornalista

Santos da casa procuram milagres. Uma tarde em Coimbra em dia de tiros

Nuno Fox

Fotojornalista

Freguesia de Nogueira do Cravo, sete da tarde. Francisco Rodrigues dos Santos apresenta Francisco dos Santos Rodrigues, ao Expresso, o candidato da coligação da direita que faz ticket com o líder do CDS à Câmara de Oliveira do Hospital: um Francisco para o executivo, o outro para a Assembleia Municipal, têm os nomes quase iguais. “Ainda somos primos…”, responde o social-democrata. “Somos?”, pergunta o líder centrista. “A minha mãe é prima direita da tua avó, não sabias, somos parentes”. Um familygate involuntário, ali é tudo primo. Aquela aldeia é “a terra” de Chicão, ainda ali vivem os avós - inclusive o avô paterno que tem 100 anos -, os pais são naturais dali e foi onde ele viveu até aos cinco anos. O pai e o avô escutam a conversa… já lá vamos.

Neste dia longo de campanha, o líder do CDS teve uma concorrência inesperada. Numas autárquicas, para um aliado se tornar adversário basta passar mudar de concelho: enquanto Francisco Rodrigues dos Santos participava numa arruada em Coimbra a vender o candidato independente apoiado com o PSD, a 200 quilómetros Rui Rio fazia campanha em Ponte de Lima, no Minho, para tentar roubar a câmara mais emblemática e antiga dos centristas. "Eu também quero muita coisa na vida, mas não consigo”, reage Francisco Rodrigues dos Santos ao Expresso. “E o que vai acontecer ao PSD em Ponte de Lima é que não vai acontecer”, prevê o líder do CDS, quando em plena ação de rua se vê numa televisão o parceiro laranja, sem dar tréguas, a competir na mais antiga das seis câmaras dos centristas.

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