A fonte de capital de risco não secou - o manancial ainda tem muito para dar - mas, agora, só mata a sede das startups de vez em quando, e quando há muito bons motivos. Investidores procuram projetos com rendibilidade. O estatuto de unicórnio perde relevância e já se perfila outro ser mitológico no horizonte para substituí-lo
Estamos em 2023: taxas de juro nas nuvens, instabilidade geopolítica… em resumo: o mundo está cada vez mais caótico. O capital reagiu a esta nova situação e está mais criterioso, a dar mais prioridade a projetos com perspectivas futuras de rendibilidade - quando, antes, o foco tendia a estar no crescimento rápido.
Na década passada, a prioridade era angariar uma base de clientes vasta, na maior parte das vezes subsidiada por avultados investimentos de capital de risco. Agora, os prados estão menos verdejantes para os afamados unicórnios, termo que denota uma startup com uma avaliação de, ou superior a, mil milhões de dólares (cerca de 928 milhões de euros ao câmbio atual) - e muitos podem muito bem vir a morrer à fome.
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