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Secretária de Estado da Mobilidade diz que não foi beneficiada com indemnização da CP: “Abdiquei de uma carreira de 18 anos”

Secretária de Estado da Mobilidade diz que não foi beneficiada com indemnização da CP: “Abdiquei de uma carreira de 18 anos”
RODRIGO ANTUNES

Cristina Pinto Dias foi questionada no Parlamento sobre a indemnização de cerca de 79 mil euros que recebeu da CP em 2015, dias antes de ir para outra entidade pública, a Autoridade da Mobilidade e dos Transportes e garantiu que foi tudo feito com transparência e dentro da legalidade. Estranha que um caso que ocorreu há nove anos e que era do conhecimento público tenha agora sido desenterrado

Secretária de Estado da Mobilidade diz que não foi beneficiada com indemnização da CP: “Abdiquei de uma carreira de 18 anos”

Pedro Lima

Editor-adjunto de Economia

A secretária de Estado da Mobilidade disse esta quarta-feira que a indemnização de 79.087,58 euros que recebeu em 2015 da CP foi transparente e correspondeu ao abdicar de uma carreira de 18 anos na empresa ferroviária para ir para a administração da Autoridade da Mobilidade e dos Transportes (AMT), o regulador dos transportes que estava naquela altura a ser criado.

Cristina Pinto Dias foi à Comissão de Economia, Obras públicas e Habitação a pedido do grupo parlamentar do PS para responder a questões relativas à sua saída da CP e foi confrontada por diversas vezes pelos deputados do PS, Chega e Iniciativa Liberal com a forma como essa saída decorreu, mas, sobretudo, sobre se o facto de ter recebido cerca de 79 mil euros ao sair de uma empresa pública para ir para uma outra entidade pública, neste caso o regulador, não revelava um comportamento anti-ético.

“Eu não saí de uma empresa pública para ir para uma empresa pública. Eu saí de um emprego que tinha e que se quisesse seria um emprego para a vida, com mais de 18 anos de carreira, para ir fazer parte do conselho de administração da entidade reguladora. Eu abandonei a minha carreira, o meu lugar, para ir fazer um mandato único e irrepetível e esse mandato único e irrepetível obrigava por lei à rescisão do meu contrato de trabalho. Deixei por isso de ter lugar de recuo, deixei de ter lugar de origem”, disse a secretária de Estado.

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