“A sustentabilidade e o futuro da Brisa não podem estar dependente de um só país ou de um só decisor político”, preconiza António Pires de Lima. Diversificar é uma linha forte da estratégia da concessionária de autoestradas para os próximos anos. “Continuamos muito apostados no crescimento internacional e no desenvolvimento da Brisa fora de Portugal. Temos como objetivo dobrar o valor da empresa até 2028. E ter um terço da atividade com origem em outras geografias dentro de cinco anos”, sintetiza.
Os dois últimos anos não foram especialmente ativos na internacionalização. Mas houve crescimento, a Brisa ganhou “um concurso muito importante na Holanda” na área da Via Verde A2B (pagamento de portagens), diz. E também reforçou a presença nos EUA no pagamento de portagens.
Falhou, porém, a entrada na concessão de autoestradas na Grécia, situação que Pires de Lima desdramatiza. “Foi importante ter estado na fase final, porque houve mais de 30 empresas a concorrer e só oito foram aceites. A nossa proposta não foi a ganhadora, porque houve concorrentes que fizeram propostas mais competitivas. Mas no nosso processo de internacionalização, a Grécia não é o fim da linha. Estamos a trabalhar numa carteira de oportunidades. Temos apostas prioritárias de que não posso dar conta, mas que estão orientadas para geografias na Europa do Sul, nos EUA, América Central e América do Sul”.
Há casos concretos: com 25% do mercado nacional de inspeções periódicas — e 2 milhões de clientes — a Brisa está a olhar para oportunidades fora de Portugal através da Controlauto. “Expandir a Controlauto é uma opção se surgirem boas oportunidades de aquisição de empresas de inspeções em Espanha. A Controlauto pode ser um player na consolidação”, avança.
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