Transportes

Próximo do centro da cidade, com múltiplos acessos alternativos e servido por ferrovia: o "aeroporto ideal" para a comissão independente

Próximo do centro da cidade, com múltiplos acessos alternativos e servido por ferrovia: o "aeroporto ideal" para a comissão independente
Horacio Villalobos
Coordenadora-geral da comissão técnica independente diz que o "aeroporto ideal" deve estar próximo do centro da cidade, ser multimodal e com múltiplos acessos alternativos, bem como ser servido por ferrovia. Deve ainda ter, pelo menos, duas pistas, ser servido por " handlings" e “fronteiras super eficientes”

A coordenadora-geral da comissão técnica independente que está a estudar a expansão da capacidade aeroportuária de Lisboa está a trabalhar com três prazos e realçou que o aeroporto ideal tem de ser um 'hub' acessível, eficiente e sustentável.

Rosário Partidário falava na apresentação pela Comissão Técnica Independente (CTI) que está a decorrer esta quinta-feira, em Lisboa, dos resultados das atividades desenvolvidas na primeira fase da Avaliação Ambiental Estratégica sobre o aumento da capacidade aeroportuária para a região de Lisboa.

"Estamos a trabalhar com três prazos: o longo prazo, o período de transição e o curto prazo", afirmou.

Rosário Partidário explicou que será analisado "o que pode ser feito para resolver ou, pelo menos, minimizar os constrangimentos a curto prazo", devendo seguir-se uma "solução em período de transição" e o de longo prazo.

Rosário Partidário destacou ainda sobre algumas das características do "aeroporto ideal": "Ser 'hub' significa ter alta conectividade", "capacidade de movimentos de expansão", ser flexível e adaptável, bem como "economicamente viável" e com um "modelo de negócio forte e receitas diversificadas".

Considerou ainda que o "aeroporto ideal" deve estar próximo do centro da cidade, ser multimodal e com múltiplos acessos alternativos, bem como ser servido por ferrovia.

Deve ainda ter, pelo menos, duas pistas com mais de três km com saídas rápidas, ser servido por "handlings" e "fronteiras super eficientes", bem como ter áreas de segurança para novas energias como o hidrogénio ou utilizar energias renováveis.

Apontou ainda que a CTI reuniu com 33 entidades, entre os quais se inclui - segundo um 'slide' da apresentação - a ANA - Aeroportos de Portugal, a NAV Portugal - Navegação Aérea, a TAP, a EasyJet ou a Ryanair.

A CTI anuncia esta tarde a lista final de localizações possíveis, com o objetivo de apresentar uma solução até ao final do ano.

Em entrevista à Lusa, no final de janeiro, a professora universitária Rosário Macário, coordenadora técnica da CTI e especialista em Planeamento e Operação de Sistemas de Transportes, que ficou responsável pela coordenação da área de planificação aeroportuária, adiantou que Beja e Alverca tinham entrado para a lista de possíveis localizações e que a comissão estava ainda aberta à receção de mais propostas.

Estas duas localizações somam-se às cinco propostas contempladas na resolução do Conselho de Ministros aprovada no ano passado, que definiu a constituição de uma CTI para analisar cinco hipóteses para a solução aeroportuária de Lisboa (Portela + Montijo; Montijo + Portela; Alcochete; Portela + Santarém; Santarém), mas previa que pudessem ser acrescentadas outras opções.

Nos últimos dias, têm sido noticiadas também as hipóteses de Monte Real (Leiria) e Alcochete + Portela.

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