Transportes

"Mais silencioso e mais limpo": aeroporto de Amesterdão quer acabar com jatos privados até 2026

"Mais silencioso e mais limpo": aeroporto de Amesterdão quer acabar com jatos privados até 2026
D.R.

O quarto aeroporto mais movimentado da Europa quer pôr fim a jatos privados por razões ambientais, defendendo que os destinos mais populares desses voos já contam com ligações em voos comerciais. “Entre 30% a 50% dos voos destes jatos privados são rumo a destinos de férias como Ibiza, Cannes, e Innsbruck”

O aeroporto de Schiphol, em Amesterdão, quer deixar de receber jatos privados o mais tardar a partir de 2026, entre outras restrições a implementar na aerogare por razões de sustentabilidade ambiental.

O aeroporto da capital dos Países Baixos - o 4.º aeroporto europeu mais movimentado, de acordo com a OAG - anunciou que vai adoptar um conjunto de medidas que o tornarão “mais silencioso, mais limpo, e melhor”, anunciou em comunicado a empresa gestora da aerogare, maioritariamente detida pelo estado dos Países Baixos.

Uma delas é o fim dos jatos privados, “que causam uma quantidade desproporcionada de ruído e de emissões de CO2 por passageiro", a rondar as “vinte vezes mais em comparação com um voo comercial”.

“Entre 30% a 50% dos voos destes jatos privados são rumo a destinos de férias como Ibiza, Cannes, e Innsbruck”, existindo já na aviação comercial “suficientes serviços disponíveis para os destinos mais populares dos jatos privados.”

As medidas incluem o fim das descolagens entre a meia-noite e as 6h, e das aterragens entre a meia-noite e as 5h, o que vai significar uma redução de 10 mil voos noturnos por ano; e vai “adoptar uma abordagem mais estrita no que toca a aviões mais ruidosos, endurecendo gradualmente as regras já existentes para os aparelhos que têm permissão para descolar e aterrar em Schiphol”, explica.

As três medidas deverão entrar em vigor “o mais tardar em 2025-2026”, anuncia.

"De acordo com os modelos atuais, o número de pessoas à volta de Schiphol que enfrentam perturbações severas irá cair em aproximadamente 17.500 (16%), e o número de residentes locais que passam por perturbações severas de sono irá cair em aproximadamente 13.000 (54%), descreve.

Além destas medidas, a entidade gestora do aeroporto abandonou os planos de construção de uma nova pista no aeroporto, tendo solicitado ao governo neerlandês que revogue a licença dada para a área reservada.

Por cá, há cada vez mais jatos privados a aterrar. Faro, Lisboa e Cascais são os aeroportos mais procurados.

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