Transportes

Novos contratados pela TAP eram mais caros e alguns (franceses) "não escondiam" proximidade com Christine Ourmières-Widener

Novos contratados pela TAP eram mais caros e alguns (franceses) "não escondiam" proximidade com Christine Ourmières-Widener
TIAGO MIRANDA

Eram franceses os novos quadros da TAP, contratados pela administração de Christine Ourmières-Widener, que mostravam proximidade com a CEO, afirmou Alexandra Reis. Antiga administradora admite que a CEO estaria a par do seu desagrado com a situação - e admite que esse poderá ter sido um dos pontos de divergência

Alexandra Reis, antiga administradora da TAP, admite que se sentia desconfortável com a contração de novos diretores para a companhia, sob a liderança de Christine Ourmières-Widener, porque tinham um custo elevado, a maioria eram estrangeiros.

"Algumas pessoas não escondiam que tinham proximidade com a CEO [presidente da comissão executiva]. Penso que eram franceses", assegurou Alexandra Reis, ex-administradora da TAP, na audição na Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI), em resposta ao deputado do PS, Hugo Costa.

Christine Ourmières-Widener veio para a presidência sem equipa, e com a comissão executiva já escolhida. Poucos meses depois foi noticiado que estava a contratar novos diretores e assessores para a TAP e que entre eles havia pessoas de que era próxima.

A antiga administradora da TAP já tinha admitido que tinha manifestado desconforto com as novas contratações de diretores que a presidente Christine Ourmières-Widener estava a fazer, sobretudo tendo em conta que na sequência do plano de reestruturação tinham saído muitos trabalhadores. E estavam a ser contratados muitos estrangeiros.

"Como havia muitos não portugueses a serem contratados, isso tinha custos extra para a TAP, com a mudança de casa [e outros extra]", adiantou. Em resposta a Hugo Costa, esclareceu que os novos contratados"vinham sobretudo do Reino Unido, França e uma pessoa, julgo, vinham da América do Sul".



A gestora salientou ainda que "tendencialmente os novos recrutamentos eram mais difíceis de fazer, também porque havia os cortes nos salários, e tornavam-se mais caros".

Alexandra Reis admite que a CEO estaria a par do seu desagrado com a situação. E admite que esse poderá ter sido um dos pontos de divergência.

Não obstante, Alexandra Reis salientou que "continuam difusas as razões" da sua saída. E sublinhou que não teve !nenhuma conversa com a CEO" sobre as razões concretas que levaram à decisão de Christine Ourmières-Widener a afastar da TAP.

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