A TAP fechou 2022 com 13,7 milhões de passageiros transportados, mais do dobro do registo do ano anterior, e passou de um prejuízo de 1,6 mil milhões de euros em 2021 para um lucro de 65,6 milhões em 2022
A TAP obteve em 2022 um resultado líquido positivo de 65,6 milhões de euros, o primeiro lucro em cinco anos. Em 2021 a companhia aérea tinha tido um prejuízo de 1,6 mil milhões de euros.
Em comunicado ao mercado, a empresa ainda presidida por Christine Ourmières-Widener reportou também um crescimento do número de passageiros transportados, de 5,8 milhões em 2021 para 13,7 milhões em 2022.
As receitas da companhia aérea no ano passado dispararam 151%, para 3,48 mil milhões de euros, refletindo principalmente esse aumento no tráfego de passageiros, mas a faturação nos negócios de manutenção e carga também subiu.
Por seu turno, os custos operacionais da TAP tiveram uma subida de 11,8%, para 2,87 mil milhões de euros.
Com este desempenho a empresa conseguiu melhorar o seu resultado operacional, que passou de um valor negativo de 1,49 mil milhões de euros em 2021, para uma cifra positiva de 268 milhões em 2022.
O EBITDA (resultado antes de juros, impostos, depreciações e amortizações) teve evolução similar, passando de -999 milhões de euros em 2021 para 778 milhões de euros em 2022.
O resultado líquido obtido em 2022 foi o primeiro ano de lucro em cinco exercícios, já que entre 2018 e 2021 a companhia aérea acumulou quatro anos consecutivos de perdas, especialmente elevadas em 2020 e 2021, com o impacto da pandemia.
“Nos resultados anuais, a TAP gerou um resultado operacional recorde, e um resultado líquido positivo muito sólido, dado o seu nível de alavancagem, no primeiro ano do plano de reestruturação”, comentou a presidente executiva (CEO) da TAP, Christine Ourmières-Widener, no comunicado de resultados.
Com este desempenho, a companhia aérea apresentou um resultado “próximo do planeado para 2025, apoiada na recuperação das viagens nos seus principais mercados”, acrescentou a gestora, que está de saída da empresa, afastada pelo Governo.
O número de passageiros transportados pela TAP mais do que duplicou em 2022, mas não chegou aos níveis pré-pandemia: em 2019 a companhia aérea chegou a transportar mais de 17 milhões de pessoas.
No seu comentário às contas de 2022, a CEO da TAP nota ainda que “as reservas atuais para 2023 indicam não haver alterações nas tendências de procura, mas a TAP ainda enfrenta desafios”.
O corrente ano, refere a gestora, passará por “otimizar receitas num ambiente incerto, reduzir mais os custos, apesar da inflação, melhorar de forma contínua a satisfação dos clientes e negociar novos acordos laborais e mais produtivos”.
Notícia atualizada às 7h55 com mais informação.
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