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Trabalho

Fuga de talentos: o que separa os números de Centeno das contas do Governo?

Fuga de talentos: o que separa os números de Centeno das contas do Governo?
Francisco Seco

A emigração qualificada tem sido fonte de preocupação social. Mas, enquanto o Governo fala na necessidade de travar a fuga de talento qualificado para economias estrangeiras, Mário Centeno, governador do Banco de Portugal e antigo ministro das Finanças, diz que os números enganam e que Portugal é afinal “um recetor líquido de diplomados”. E estão ambos certos, Centeno e o Governo

Fuga de talentos: o que separa os números de Centeno das contas do Governo?

Cátia Mateus

Jornalista

Na passada semana, o Governador do Banco de Portugal (BdP) e antigo ministro das Finanças, Mário Centeno, deixou irritados o Governo e os partidos da oposição ao referir, mais uma vez, que Portugal está analisar a questão da fuga de talento qualificado a partir de “números enganadores”, sugerindo que a emigração qualificada não é em si um problema, porque o país é compensado com a entrada em maior número de estrangeiros com qualificação superior.

No Parlamento, durante a discussão na especialidade do Orçamento do Estado para 2025, o Governo ripostou com números. A ministra do Trabalho, Rosário Palma Ramalho afirmou que três em cada dez jovens portugueses emigram. Joaquim Miranda Sarmento, ministro das Finanças, sublinhou o problema referindo que entre 2021 e 2023, saíram do país 42 mil jovens com formação superior.

Neste descodificador mostramos-lhe que Centeno e o Governo estão ambos certos, mas também que o contexto atual do mercado de trabalho tem impactos económicos.

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