Quase 20% dos trabalhadores em Portugal mantêm teletrabalho
Número de profissionais em teletrabalho aumentou no início de 2024. Nos primeiros três meses do ano, 988,1 mil trabalharam remotamente e com recurso a tecnologias de informação
Número de profissionais em teletrabalho aumentou no início de 2024. Nos primeiros três meses do ano, 988,1 mil trabalharam remotamente e com recurso a tecnologias de informação
Jornalista
É um novo aumento e mostra que o regime de trabalho remoto, que entrou na vida dos profissionais com a pandemia, veio para ficar. No primeiro trimestre deste ano, 1.030,5 mil profissionais (20,5% da população empregada) trabalhou a partir de casa e, desses, 988,1 mil (19,7%) fizeram-no recorrendo a tecnologias de informação, configurando assim o conceito de teletrabalho.
O número consta do módulo ad hoc que acompanha os dados trimestrais do Inquérito ao Emprego, divulgados esta quarta-feira pelo Instituto Nacional de Estatística (INE), e traduz um aumento 1,9 pontos percentuais (p.p.) face ao último trimestre do ano passado e de 1,8 p.p. na comparação com o mesmo período de 2023.
Segundo o INE, e considerando o total de trabalhadores que trabalharam a partir de casa no primeiro trimestre do ano (1.030,5 mil), 23,3% (239,8 mil) fizeram-no sempre e 35,3% (364,0 mil) fizeram-no regularmente mediante um sistema que concilia trabalho presencial e em casa.
Por sua vez, 13,2% (136,2 mil) trabalharam em casa apenas pontualmente e 28,2% (290,5 mil) fizeram-no fora do horário de trabalho. Números que quando comparados com o trimestre anterior espelham um acréscimo de 3,8 p.p. no número de profissionais cujo trabalho em casa foi realizado já fora do horário de trabalho.
Segundo os dados hoje conhecidos, entre os que no primeiro trimestre do ano indicaram trabalhar regularmente em casa, 73,2 % (266,6 mil) referiram praticar um modelo que concilia trabalho presencial e em casa, conjugando todas as semanas, alguns dias por semana em casa.
Este foi também o regime que registou a maior variação homóloga, com um aumento de 6,3 p.p que se traduz, em termos absolutos, em mais 69,2 mil profissionais.
Quem trabalhou num regime híbrido nos primeiros três meses deste ano, passou, em média, três dias por semana a trabalhar a partir de casa, aponta o INE.
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