Desemprego em Portugal estabiliza nos 6,6% em dezembro
Último mês de 2023 fechou com 347,4 mil desempregados contabilizados no país, revelam os dados do INE
Em atualização
Último mês de 2023 fechou com 347,4 mil desempregados contabilizados no país, revelam os dados do INE
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Jornalista
Igual à de novembro e inferior em 0,1 pontos percentuais (p.p) à registada um ano antes, em dezembro de 2022. A taxa de desemprego em Portugal manteve-se estável em dezembro do ano passado, em 6,6%, mostram os dados provisórios do Instituto Nacional de Estatística (INE) divulgados esta quarta-feira. No último mês no ano passado contabilizaram-se no país 347,4 mil desempregados, número praticamente em linha com o registado em novembro, mas inferior (4,3 mil pessoas; 1,2%) ao registado no mês homólogo de 2022.
Os dados do INE são provisórios e ajustados de sazonalidade, o que significa que corrigem as habituais flutuações no desemprego verificadas no final de cada ano. E o que os dados do INE mostram é que, face ao mês anterior (evolução em cadeia), a população ativa manteve-se praticamente inalterada, tal como a população inativa.
“No caso da população ativa, tal resultou do ligeiro aumento de mil pessoas (a que correspondeu uma variação relativa quase nula) da população empregada e da quase manutenção da população desempregada”, explica a síntese estatística que avompanha os dados.
Já a evolução da população inativa resulta, segundo o INE, do decréscimo no número de inativos disponíveis para trabalhar, mas que não procuraram emprego (2,3 mil; 2,2%) ter sido anulado pelo aumento no número de outros inativos, os que não procuram emprego nem estão disponíveis para trabalhar (2,5 mil; 0,1%), conjugado com a quase manutenção do número de inativos à procura, mas não disponíveis para trabalhar.
Por sua vez, a análise à variação homóloga dos dados, ou seja, comparando com dezembro de 2022, mostra que em dezembro do ano passado, “a população ativa aumentou 80,7 mil (1,5%) em relação a dezembro de 2022 em resultado do acréscimo da população empregada (85,0 mil; 1,7%) ter mais do que superado o decréscimo da população desempregada (4,3 mil; 1,2%)”.
A população inativa, por sua vez, registou uma diminuição de 45,1 mil pessoas (1,8%). O que o INE justifica, por um lado, com o decréscimo do número de outros inativos - temporariamente indisponíveis para o trabalho - (25,3 mil; 1,1%) e do número de inativos disponíveis, mas que não procuram trabalho (20 mil; 15,9%).
Estes resultados determinam, segundo o INE, uma taxa de desemprego de 6,6% em dezembro de 2023, valor igual ao do mês anterior, mas inferior ao mesmo mês de 2022 (0,1 p.p.).
Já no que toca à subutilização do trabalho - indicador que agrega a população desempregada, o subemprego de trabalhadores a tempo parcial, os inativos à procura de emprego, mas não disponíveis e os inativos disponíveis, mas que não procuram emprego - abrangeu 627,8 mil pessoas, valor inferior ao do mês anterior (5,8 mil; 0,9%) e também ao do período homólogo de 2022 (27,0 mil; 4,1%).
A taxa de subutilização do trabalho no país foi estimada pelo INE em 11,6%, correspondendo a uma diminuiu de 0,1 p.p. face a novembro e de 0,6 p.p. face ao mesmo mês de 2022.
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