Trabalho

Teletrabalho: EY é mais uma multinacional a controlar idas ao escritório

Teletrabalho: EY é mais uma multinacional a controlar idas ao escritório
Compassionate Eye Foundation/Her

Para garantir que as pessoas vão ao local de trabalho pelo menos duas vezes por semana, a EY começou a monitorizar as idas ao escritório - e não é a única empresa a ser mais restrita no controlo do trabalho híbrido

A EY começou a monitorizar a presença dos funcionários no escritório do UK/Reino Unido, com dados de entrada de cartão magnético, por alguns dos seus funcionários desrespeitarem as diretrizes de trabalho híbrido, segundo escreve o “Financial Times”.

Segundo uma das fontes do jornal, os dados têm sido mostrado às chefias, já que cerca de metade das equipas não cumpriam a política de estar no escritório pelo menos duas vezes por semana.

A empresa garante que os dados não serão usados como castigo, antes como incentivo ao cumprimento das regras, mas surgem numa altura em que a consultora está a dispensar alguns trabalhadores.

O teletrabalho ganhou fãs durante a pandemia de covid-19, mas há várias grandes empresas que estão a recusar totalmente ou a tentar fixar regimes híbridos, de partilha da semana entre trabalho presencial e à distância, alguns com resistência por parte dos trabalhadores. Além da EY no Reino Unido há vários outros casos.

O Bank of America enviou “cartas de educação” aos funcionários dos EUA que não têm comparecido ao escritório, enquanto no Reino Unido, o Citigroup disse aos seus trabalhadores nos últimos meses que começaria a verificar se eles comparecem no escritório pelo menos três dias por semana.

Também o banco norte-americano JP Morgan ameaçou, no ano passado, os banqueiros de investimento com “ações corretivas” se trabalhassem demasiado a partir de casa.

HSBC, Lloyds Banking Group e Investec também estão entre os bancos que ordenaram que os funcionários trabalhassem no escritório com mais frequência.

Os líderes das empresas têm, cada vez mais, mostrado o seu descontentamento com a falta de funcionários presentes nos escritórios. Já em outubro do ano passado, o CEO da Blackstone tinha criticado o teletrabalho por, na sua opinião, as pessoas não trabalharem tanto a partir de casa como fazem a partir do escritório.

Adicionalmente, um inquérito levado a cabo pela plataforma Resume Builder, citado pela imprensa norte-americana, indica que 80% das empresas dos Estados Unidos irão começar a monitorizar o número de vezes que os funcionários estão presentes nos escritórios.

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