Há sempre duas formas de olhar a realidade e o mercado de trabalho não foge à regra. Na década que separa 2011 e 2021, Portugal viu crescer a qualificação dos seus trabalhadores, aumentou a taxa de feminização do emprego (materializada por uma evolução positiva da presença das mulheres no mercado de trabalho) e elevou em 8 pontos percentuais (p.p) o universo da população empregada com ensino superior. Estas são as boas notícias, em matéria de qualificação e emprego, que decorrem da análise dos resultados definitivos do XVI Recenseamento Geral da População e VI Recenseamento Geral da Habitação - Censos 2021, divulgados esta terça-feira pelo Instituto Nacional de Estatística.
Mas há más notícias também. Se é verdade que os “Especialistas das atividades intelectuais e científicas” foram, no período analisado pelo INE, o grupo profissional em que se verificou o maior crescimento da população empregada (3,3 p.p.), importa destacar que o segundo grupo com maior aumento foi o dos trabalhadores não qualificados que passou a representar 15,4% da população empregada no país.
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