Portugal fechou o quarto trimestre de 2022 com 342,7 mil pessoas contabilizadas como desempregadas pelo Instituto Nacional de Estatística (INE). Dessas, 23,3% (79,7 mil) regressaram ao mercado de trabalho no primeiro trimestre deste ano. A maioria (57,0%, 195,3 mil pessoas) permaneceu, segundo o organismo oficial de estatística, em situação de desemprego e 19,7% (67,7 mil) transitaram para o grupo de inativos, ou seja, estavam desempregados, mas não procuraram ativamente emprego nem estavam disponíveis para aceitar uma oferta de trabalho no momento.
De acordo com os dados divulgados esta quarta-feira pelo INE, do total de desempregados que transitaram para o emprego no primeiro trimestre este ano, 24,5% (39,2 mil) eram homens e 22,1% (40,6 mil) das mulheres. Em paralelo, 31,3% (62,2 mil) dos trabalhadores que regressaram ao mercado de trabalho nos primeiros três meses de 2023 eram desempregados de curta duração (estavam nessa situação há menos de 12 meses).
Já no que respeita ao total de pessoas que no quatro trimestre de 2022 estavam empregadas, 96,3% (4 723,2 mil) permaneceram nesse estado entre janeiro e março deste ano, enquanto 1,6% (80,6 mil) transitaram para o desemprego e 2,0% (99,2 mil) passaram para a inatividade.
Os indicadores conhecidos esta quarta-feira mostram ainda que “transitaram para um trabalho por conta de outrem 10,5% (72,9 mil) das pessoas que tinham um trabalho por conta própria e 21,0% (71,8 mil) das pessoas que se encontravam desempregadas”, sinaliza a nota que acompanha os dados. Por outro lado, do total de trabalhadores por conta de outrem que, no último trimestre do ano passado tinham um contrato de trabalho com termo ou outro tipo de contrato, 21,0% (151,4 mil) passaram a ter um contrato sem termo no 1.º trimestre de 2023. A análise revela ainda que 17,1% (66,1 mil) dos trabalhadores que no 4º trimestre de 2022 tinham um contrato a tempo parcial passaram a trabalhar a tempo completo.
Tendo mais uma vez como referência os últimos três meses de 2022, os dados do INE sobre os fluxos do mercado de trabalho mostram que, entre janeiro e março deste ano, a percentagem de pessoas que permaneceram empregadas, mas que mudaram de empregador aumentou 0,2 pontos percentuais (p.p.) em relação ao último trimestre do ano passado, fixando-se nos 3,8% (177,7 mil pessoas). Na comparação homóloga, isto é, considerando os primeiros três do ano passado, o número de pessoas que mudaram de emprego aumentou 4,5%.
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