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Trabalho

Mulheres estão em maioria nas empresas cotadas, mas continuam longe das funções de decisão

Getty Images
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O tema da desigualdade de género no mercado de trabalho regressa esta sexta-feira ao Parlamento. Em Portugal, entre as empresas do índice PSI, só uma tem mais mulheres em funções de direção do que homens

Mulheres estão em maioria nas empresas cotadas, mas continuam longe das funções de decisão

Cátia Mateus

Jornalista

Mulheres estão em maioria nas empresas cotadas, mas continuam longe das funções de decisão

Carlos Esteves

Jornalista infográfico

Em 2017, Portugal antecipou-se à Europa e adotou legislação específica para enquadrar, nas empresas públicas e nas cotadas em bolsa, a paridade de género no acesso a cargos de gestão. Desde 2018 que estas organizações têm de cumprir um limiar mínimo para o género sub-representado em cargos de liderança estratégica. Nas empresas públicas esse limiar é de 40%, nas cotadas em bolsa 33%. Seis anos após a aprovação da lei, há progressos claros, mas os números mostram que as desigualdades persistem. Talvez por isso a disparidade entre homens e mulheres no acesso ao emprego, no salário, na progressão na carreira e no acesso a posições de liderança continue a ser motivo de debate político, como o que esta sexta-feira decorre no Parlamento, por iniciativa do Bloco de Esquerda.

O Expresso analisou a realidade de 14 das 15 empresas que até ao final de 2022 estavam cotadas no índice de referência da bolsa nacional, o PSI (antigo PSI20), e concluiu que apesar de as mulheres representarem mais de metade (56%) do universo total de trabalhadores destas empresas, continuam subrepresentadas nos conselhos de administração, fosso que se agrava nas funções executivas. E mesmo baixando a fasquia para funções de direção operacional, nas 14 cotadas que o Expresso analisou só uma tem mais mulheres do que homens a exercer cargos de chefia: a Jerónimo Martins.

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