O número de desempregados inscritos nos centros de emprego em Portugal voltou a aumentar em janeiro, pelo sexto mês consecutivo, atingindo as 322.086 pessoas, indicam os dados do Instituto do Emprego e Formação Profissional (IEFP), publicados esta segunda-feira.
Este número representa um incremento de 4,9% (mais 15.081 pessoas) face ao mês anterior, ou seja, em relação a dezembro de 2022.
Contudo, fica 9,5% abaixo do registado um ano antes, em janeiro de 2022. São menos 33.782 desempregados registados nos centros de emprego, segundo os dados do IEFP.
Aliás, numa nota enviada à comunicação social, o Ministério do Trabalho, Solidariedade e Segurança Social destaca que o número de desempregados inscritos no IEFP em janeiro “foi o segundo mês de janeiro mais baixo nos últimos 30 anos”.
Para a diminuição homóloga do desemprego registado, ou seja, face a janeiro de 2022, em termos absolutos, “contribuíram, com destaque, os grupos dos indivíduos que possuem idade igual ou superior a 25 anos (-31.361), os que procuram novo emprego (-31.125) e os inscritos há 12 meses ou mais (-50.477)”, salienta o IEFP.
Em termos regionais, o IEFP aponta que em janeiro deste ano, e com exceção do Alentejo (mais 4,7%), “o desemprego diminuiu, em termos homólogos, em todas as regiões, com destaque para a região autónoma da Madeira (menos 30,7%) e da região de Lisboa e Vale do Tejo (menos 12,5%)”.
Já em relação ao mês anterior, “as regiões apresentaram acréscimos no desemprego, sendo a maior variação na região do Alentejo (mais 6,2%)”.
Olhando agora para os vários grupos profissionais dos desempregados registados no continente (neste caso, o IEFP apresenta dados para o continente e não para o total do país), salientam-se, como mais representativos no total, os “trabalhadores não qualificados“ (26,9%).
Seguem-se os “trabalhadores dos serviços pessoais, de proteção segurança e vendedores” (20,9%); o "pessoal administrativo" (11,6%); e os "especialistas das atividades intelectuais e científicas"(10,2%).
Relativamente ao mês homólogo de 2022 (excluindo os grupos com pouca representatividade, ou significado, no desemprego registado), “quase todos os grupos apresentaram diminuições nas variações homólogas”, indica o IEFP, destacando os "especialistas das atividades intelectuais e científicas "(menos 12,7%) e os “técnicos e profissões de nível intermédio” (menos 11,9%).
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