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Sistema financeiro

Centeno apresenta resultados nulos em 2023 e responde ao Ministro das Finanças: “Um banco central não existe em função dos seus resultados”

Centeno apresenta resultados nulos em 2023 e responde ao Ministro das Finanças: “Um banco central não existe em função dos seus resultados”
TIAGO MIRANDA

Ao apresentar as polémicas contas criticadas pelo ministro das Finanças, Mário Centeno respondeu a Miranda Sarmento dizendo que “um banco central não existe em função dos seus resultados”. Perdas operacionais serão realidade pelo menos em 2024 e 2025, mas há €2,9 mil milhões para tapar prejuízos futuros

Centeno apresenta resultados nulos em 2023 e responde ao Ministro das Finanças: “Um banco central não existe em função dos seus resultados”

Diogo Cavaleiro

Jornalista

Centeno apresenta resultados nulos em 2023 e responde ao Ministro das Finanças: “Um banco central não existe em função dos seus resultados”

Tiago Miranda

Fotojornalista

Confirma-se o que há muito já se sabia: o Banco de Portugal apresentou um resultado nulo em 2023, apenas marginalmente negativo (110 mil euros). Embora tenha registado perdas operacionais, a autoridade bancária conseguiu utilizar o dinheiro que tinha de lado para impedir que, em termos líquidos, houvesse prejuízos. Mesmo depois de ir a essa “gaveta”, ficou com 2,9 mil milhões de euros guardados para utilizar e evitar prejuízos nos próximos anos, esperados pelo menos até 2026.

Nada disso colocará em risco o supervisor, salvaguardou o governador, numa resposta ao ministro das Finanças, que levantara dúvidas sobre as contas.

Na apresentação dos resultados do ano passado, no Museu do Dinheiro, em Lisboa, Mário Centeno rodeou-se do Conselho de Administração para defender que estas contas devem-se à política levada a cabo pelo Banco Central Europeu (BCE), que se caracterizou no ano passado pela subida de juros, que visou combater a inflação elevada. E essa política tem impactos nos bancos centrais do euro e das geografias que tiveram de aumentar juros – o governador até se fez acompanhar de uma apresentação com o “panorama internacional” para mostrar que o Banco de Portugal está numa “situação similar” à dos restantes bancos centrais.

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