Paulo Macedo negou ter recebido qualquer convite de Luís Montenegro para vir a integrar o seu Governo como ministro das Finanças, como avança o Correio da Manhã, ou como vice-primeiro-ministro, como questionou a SIC. Nem convite, nem contacto.
“Ninguém me contactou e, portanto, não há qualquer convite”, respondeu Macedo na conferência de imprensa de apresentação de resultados de 2023, ano em que reportou o maior lucro de sempre, de 1.291 milhões de euros.
Segundo Macedo, cujo mandato termina no fim deste ano (e que portanto é substituído com a assembleia-geral a decorrer em 2025), “há um desejo de completar este trabalho, que é trabalho essencial, de devolver o dinheiro aos portugueses e de levar este caminho de transformação da Caixa para a frente”.
Paulo Macedo ainda brincou com os dois cargos para os quais é falado: “Fico satisfeito com upgrade de ministro das Finanças para vice-primeiro-ministro”.
“Não vou perder tempo sobre uma coisa que não existe”
Com os 525 milhões de dividendos que pretende pagar pelos lucros de 2023, a Caixa ainda tem 300 milhões de euros em falta, no acumulado dos dividendos já entregues, para totalizar o 2,5 mil milhões de euros injetados como capitalização em 2017.
O presidente executivo da Caixa, antigo ministro da Saúde do Governo de Passos Coelho, repetiu não ter recebido qualquer contacto. “Não vou perder tempo sobre uma coisa que não existe”, continuou, brincando até com uma pergunta de jornalistas sobre se iria mudar de andar, tendo em conta que o Governo se está a mudar para o edifício-sede da Caixa Geral de Depósitos, vendido no ano passado.
“Estou comprometido com a Caixa”, disse mais tarde na conferência Paulo Macedo, sobre nova questão.
Questionado sobre se gostaria de assumir um cargo no Governo, Macedo voltou a recusar responder: “Ah, pois, e podemos ficar aqui entretidos”, ironizou.
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