O Bankinter apresentou esta quinta-feira lucros de 845 milhões de euros, tendo a operação em Portugal mais do que duplicado a sua contribuição, com 166 milhões de euros antes de impostos. Recursos de clientes e crédito sobem em Portugal e o malparado não preocupa o banco
Jornalista
A sucursal do Bankinter em Portugal tem contribuído para o crescimento do banco em Espanha. Maria Dolores Dancausa, gestora do banco que a partir de 21 de março irá assumir funções não executivas, afirmou na conferência de apresentação dos resultados de 2023, esta quinta-feira, que a operação em Portugal teve um "magnífico ano", com os recursos de clientes a crescer 32%, o negócio de empresas a subir e um rácio de malparado de 1,3%.
Segundo a próxima presidente não executiva do Bankinter - que irá substituir Pedro Guerrero, no lugar desde 2007, o crescimento do negócio em Portugal tem tido uma “melhoria contínua”. Em 2023 a conta de resultados cresceu 61%, sublinhou.
A ainda líder executiva do banco, volta a afirmar que o Bankinter não quer comprar bancos na Península Ibérica. "Não estamos interessados em adquirir nenhum banco (em Portugal). Estamos a crescer bem organicamente".
Sobre o crescimento do malparado ou de pedidos de ajuda de clientes com crédito à habitação, Jacobo Diaz , diretor financeiro do banco espanhol, foi claro: "Não estamos preocupados com o crédito malparado (em Portugal)". O responsável referiu ainda que o número de clientes que pediu para renegociar créditos, no âmbito das medidas do governo português para minorar os efeitos dos elevados juros, "é limitado, muito reduzido".
O Bankinter registou lucros recorde de 845 milhões de euros e Portugal mais do que duplicou a sua contribuição com 166 milhões de euros antes de impostos, o que face a 2022 determina um crescimento de 114%.
Os recursos de clientes em Portugal crescem 32% até aos 8.400 milhões de euros e a carteira de crédito 16% para 9.200 milhões de euros.
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