Nem o homem mais poderoso de Portugal, nem DDT - dono disto tudo. Há dez anos, numa entrevista ao Expresso, quando o jornal completava 40 anos, Ricardo Salgado recusava o epíteto pelo qual era conhecido no meio financeiro. Deixamos-lhe a gravação
Jornalista
Editor-adjunto de Economia
Em 2013 a reputação do Grupo Espírito Santo começava a ser posta em causa por um conjunto de polémicas e investigações, mas nada fazia antever a derrocada que se seguiria. Numa entrevista ao Expresso, em janeiro, os jornalistas perguntaram a Ricardo Salgado se sabia que era conhecido por “dono disto tudo”.
A reação pode ser ouvida aqui.
“Isso é um disparate. Nem por sombras”, replicou Ricardo Salgado.
“O nosso grupo procura manter a sua ética e assim tem sido desde sempre. O que temos feito é fruto da vontade de contribuir para o país, para a valorização do nosso país e não com o objetivo de dominar a economia”, disse, aos jornalistas do Expresso.
Ao longo da conversa, o banqueiro discorreu ainda sobre o Estado do país, na altura a atravessar uma crise financeira mas também civilizacional, e sobre as investigações judicias e acusações contra o grupo.
O conjunto das notícias que antecederam o colapso do grupo, em 2014, estão reunidas neste trabalho.
Dez anos depois, ainda falta muito para apanhar todos os cacos de um estouro estrondoso.
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