O ciclo de subida dos juros nas economias desenvolvidas deverá parar ainda este ano ou no início de 2024, mas as expetativas de mercado apontam para que as taxas diretoras se mantenham elevadas até final de 2026, segundo as previsões do Global Financial Stability Report, do FMI
O pico do aperto monetário nas economias desenvolvidas deverá ocorrer ainda este ano ou no princípio de 2024, avança o Fundo Monetário Internacional (FMI) no Global Financial Stability Report (GFSR), apresentado esta terça-feira por Tobias Adrian. As expetativas de mercado apontam para a possibilidade de novas subidas dos juros ainda antes da chegada ao pico e preveem um processo de cortes limitado até final de 2026.
No caso do Banco Central Europeu (BCE), dirigido por Christine Lagarde, que já foi diretora-geral do FMI, o relatório prevê uma descida da taxa de remuneração dos depósitos dos bancos até perto de 3% até ao final de 2026, ficando ao nível de março de 2023. Aquela taxa está atualmente em 4% e a projeção admite que ainda possa haver uma subida antes de começarem os cortes durante 2024.
O relatório sobre a situação financeira mundial, e em particular sobre a política monetária, foi divulgado em Marraquexe no segundo dia da assembleia geral do FMI e do Banco Mundial, que, este ano, se reúne em Marrocos, apesar do terramoto de magnitude elevada naquela região a 8 de setembro, que vitimou perto de 3000 pessoas.
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