Sistema financeiro

BCP fecha aumentos salariais entre os 4% e os 7,8%

Miguel Maya é o presidente da Comissão Executiva do Millennium bcp desde 2018
Miguel Maya é o presidente da Comissão Executiva do Millennium bcp desde 2018
Nuno Botelho

O BCP e os sindicatos afetos à UGT acertaram finalmente os aumentos salariais para 2023. Trata-se de aumentos diferenciados que privilegiam quem ganha menos e asseguram um mínimo de 50 euros na tabela dos reformados. O acordo traduz-se num aumento médio de 6,82%, acima da média dos restantes bancos

BCP fecha aumentos salariais entre os 4% e os 7,8%

Isabel Vicente

Jornalista

Os três sindicatos afetos à UGT chegaram finalmente a acordo com o BCP sobre o aumento salarial para 2023. O banco liderado por Miguel Maya negociou aumentos diferenciados que resultam em atualizações salariais mais expressivas para quem tem ordenados mais baixos.

“O acordo alcançado resulta num aumento diferenciado por níveis entre 4% (dos níveis 11 ao 18) e os 7,80% (níveis 1, 2 e 3) nas tabelas de ativos e reformados, com um acréscimo mínimo de 50 euros”. O que corresponde, segundo os sindicatos a “um aumento médio global de 6,82%”, muito acima dos restantes bancos.

Recorde-se que o BCP já tinha processado aumentos unilaterais de 3% abaixo dos restantes bancos, que ficaram pelos 4,5% (Santander, BPI, Novo Banco).

Mais recentemente o Crédito Agrícola fechou acordo nos 4,6% e agora o BCP supera o valor. Fica a faltar o fecho das negociações do Montepio.

O Mais Sindicato, SBC e SBN dizem em comunicado que este acordo, embora não tivesse sido da iniciativa dos sindicatos, "obteve a sua concordância, porque, por um lado, valoriza os salários dos trabalhadores e reformados na base das tabelas – cujos vencimentos e pensões são os mais baixos – e, por outro, evita o prolongar das negociações, deixando por mais tempo os associados sem o respetivo aumento para fazer face ao custo de vida".

Já nas cláusulas de expressão pecuniária (apoios aos filhos, por exemplo) haverá um aumento de 4,5% e o subsídio de refeição passa dos atuais 10,50 euros para os 12,75 euros, o que representa mais 21,43%.

Os três sindicatos dão ainda nota de que "a diferença relativamente ao valor percentual obtido no ACT do Setor Bancário, que tem servido de bitola para as restantes mesas negociais – 0,5% – é compensado, por um lado, pela valorização dos rendimentos inferiores e, por outro, pelo aumento do subsídio de almoço".

Os sindicatos dão nota de que “o aumento salarial é de 7,01% no nível 4; de 6,18% no nível 5; de 5,55% no nível 6 e de 5,29% no nível 7”, para dar alguns exemplos. Referindo ainda que no nível 8, "o aumento é de 4,87%", começando a baixar o patamar dos 4,5% - dos outros bancos no nível 9 cujo “aumento foi de 4,37% e no nível 10 de 4,06%”.


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