Sistema financeiro

CGD aprova transferência para o Estado da sede, avaliada em €361 milhões

CGD aprova transferência para o Estado da sede, avaliada em €361 milhões
António Simões

O banco público deliberou, em assembleia geral, a transferência do edifício sede na Avenida João XXI, em Lisboa, para o Estado, com uma avaliação de 361 milhões de euros

A Caixa Geral de Depósitos (CGD) aprovou em assembleia-geral na quinta-feira a transferência da sua sede para o Estado, avaliada em 361 milhões de euros, anunciou o banco público esta sexta-feira, 30 de junho, em nota enviada à Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM).

A assembleia-geral do banco deliberou na quinta-feira “a aprovação da transferência para o Acionista da CGD da propriedade do seu Edifício Sede sob a forma de uma distribuição adicional em espécie no valor de 361.002.734 euros”, um valor “determinado pelo resultado da média de três avaliações independentes", segundo o comunicado do banco.

“Esta operação observou todos os procedimentos exigidos em transações entre partes relacionadas e alinhados com as práticas e condições de mercado. A distribuição adicional está subordinada à autorização por parte do Banco Central Europeu, na qualidade de entidade de supervisão da CGD, e à realização de todos os trâmites legais inerentes à transmissão do imóvel”, acrescenta a CGD.

A transferência do imóvel para o Estado constitui uma remuneração adicional ao acionista Estado, numa assembleia que decidiu o destino a dar aos lucros da CGD referentes ao ano passado.

Os lucros de 672 milhões de euros foram distribuídos, de acordo com o comunicado, em “134.457.809 euros para reserva legal; 351.650.695 euros para dividendos; 186.180.543 euros para incorporação na rubrica “Outras Reservas e Resultados Transitados” do balanço”, detalha.

“Desta forma, o pagamento pela CGD ao Estado Português do dividendo em numerário acrescido da distribuição em espécie ascenderão a um valor total de 712.653.429 euros”, contabiliza.

“Por referência aos rácios de solvência de março de 2023, a CGD apresentava um rácio de CET1 de 19,52% e de capital total de 20,95%, que já excluíam o valor do dividendo com base no resultado líquido. Considerando a distribuição em espécie agora aprovada, o rácio de CET 1 alterar-se-á para 18,91% e o rácio de capital total fixar-se-á em 20,35%”, conclui a Caixa.

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