Sistema financeiro

Crispação política: presidente do BPI pede “paz” às “várias instituições”

Crispação política: presidente do BPI pede “paz” às “várias instituições”
José Fernandes

Há um fator importante para o país: “estabilidade”. Quem o diz é o líder do banco BPI, quando instado a comentar a crispação política vivida entre o Presidente da República e o Governo

Embora não tenha querido fazer grandes comentários sobre a atual situação política, o presidente do banco BPI, João Oliveira e Costa, deixou esta sexta-feira, 5 de maio, um apelo às “variações instituições” para conterem a “crispação política” atual: é preciso paz.

“Como agente económico, prezo pela estabilidade. É muitíssimo importante termos estabilidade e previsibilidade no mundo em que vivemos. Diria que é fundamental que entre as várias instituições se mantenha uma paz que permita que os negócios se desenvolvam normalmente”, respondeu Oliveira e Costa aos jornalistas na conferência de imprensa desta sexta-feira, 5 de maio, em que divulgou um crescimento de 85% dos lucros consolidados do BPI no primeiro trimestre deste ano.

Na manhã que se seguiu à declaração ao país do Presidente da República para avisar o Governo de que tem pouca margem para errar – depois de o primeiro-ministro ter decidido manter João Galamba como ministro das Infraestruturas contra a sua vontade –, Oliveira e Costa repetiu: “Ter estabilidade é um fator fundamental”.

O líder executivo do BPI, detido pelo espanhol CaixaBank, declarou ainda que os resultados que o país tem vindo a apresentar são positivos: “Os indicadores que tivemos neste primeiro trimestre são, no mínimo, promissores. São acima das expetativas que tínhamos no final do ano passado. É um crescimento ainda ténue para um país que quer avançar mais rápido da Europa – e estamos, mas podíamos avançar um pouco mais depressa”, referiu.

O gestor sublinhou os “bons indicadores”, falando no “nível de desemprego bastante controlado”, na “criação de emprego, que continua a existir”, e no crescimento do rendimento disponível, tanto em 2021 como em 2022. “Queremos mais”, disse, pelo que é preciso a estabilidade política.

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