Sistema financeiro

HSBC compra subsidiária britânica do SVB por uma libra

Foto: HSBC
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HSBC diz que a aquisição dos negócios do SVB no Reino Unido “faz um excelente sentido estratégico”. Assim, a subsidiária britânica do banco falido conseguiu evitar a insolvência

O HSBC anunciou que está a adquirir a subsidiária britânica do falido Silicon Valley Bank por 1 libra (cerca de 1,1 euros ao câmbio atual), resgatando um importante credor para startups tecnológicas britânicas.

A informação foi primeiro confirmada pelo ministro das Finanças do Reino Unido, Jeremy Hunt, no Twitter, e previamente anunciada pelo banco.

Assim, a subsidiária britânica do SVB conseguiu evitar a insolvência. “Esta ação foi tomada para estabilizar o SVB UK, garantindo a continuidade dos serviços bancários, minimizando a interrupção do setor de tecnologia do Reino Unido e apoiando a confiança no sistema financeiro”, lê-se num comunicado do Banco da Inglaterra, citado pelo “Financial Times”.

Depósitos com mais de 85.000 libras (96 mil euros) estavam a enfrentar perdas após o banco central inglês ter dito que iria avançar com a insolvência do SVB UK.

Numa nota divulgada previamente, o líder executivo do HSBC, Noel Quinn, disse que a aquisição dos negócios do Silicon Valley Bank no Reino Unido “faz um excelente sentido estratégico”. Nas suas palavras, o acordo fortalece a franquia do HSBC de banco comercial e aumenta a sua capacidade de ir ao encontro de empresas inovadoras e de rápido crescimento, inclusive nos setores de tecnologia e ciências da vida.

De acordo com o “Financial Times”, os negócios do SVB no Reino Unido tiveram empréstimos de 5,5 mil milhões de libras (6,2 mil milhões de euros) e depósitos de 6,7 mil milhões de libras (7,5 mil milhões de euros). Em 2022, a subsidiária registou um lucro antes de impostos de 88 milhões de libras (99 milhões de euros).

A medida ocorre depois da Reserva Federal dos Estados Unidos (Fed) ter anunciado que vai disponibilizar “fundos adicionais” às instituições financeiras norte-americanas para “ajudar a assegurar que os bancos conseguem corresponder às necessidades de todos os depositantes” - uma tentativa de conter as consequências com a falência do banco.

Tudo se iniciou na sexta-feira, dia em que o banco de Silicon Valley caiu após se ter tornado, ao longo dos anos, uma referência das tecnológicas e das empresas de serviços financeiros que se instalaram nos Estados Unidos. Na sexta-feira o sistema financeiro e os mercados foram afetados. Em Portugal o BCP, único banco cotado em Lisboa, caiu mais de 3%.

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