Colapso financeiro alastra-se ao nova iorquino Signature Bank
O Signature Bank foi encerrado para "proteger os consumidores e o sistema financeiro" de potenciais "riscos sistémicos", após a queda do Silicon Valley Bank na sexta-feira
O Signature Bank foi encerrado para "proteger os consumidores e o sistema financeiro" de potenciais "riscos sistémicos", após a queda do Silicon Valley Bank na sexta-feira
Depois de, na sexta-feira, as autoridades norte-americanas terem decretado o fecho do Silicon Valley, no domingo houve mais um banco que caiu: o Signature Bank. O governo dos Estados Unidos da América (EUA) encerrou o banco, citando possíveis riscos de contágio sistémico.
O anúncio do encerramento de mais um banco coincidiu com a divulgação da Reserva Federal que “irá disponibilizar fundos adicionais” às instituições financeiras norte-americanas para “ajudar a assegurar que os bancos conseguem corresponder às necessidades de todos os depositantes”.
Segundo o jornal “Expansión”, o modelo de negócio do Signature não é semelhante ao do SVB. Contudo, a crise deste último levantou dúvidas sobre a viabilidade de outras instituições, especialmente regionais, dados os possíveis problemas de solvência em caso de levantamentos rápidos de numerário, como ocorreu no caso do SVB.
O supervisor do setor em Nova Iorque, onde está sediado o Signature, disse que encerrou o banco para "proteger os consumidores e o sistema financeiro" de potenciais "riscos sistémicos", especialmente "na sequência da recente evolução do mercado, e em estreita cooperação com outros reguladores estatais e federais".
De acordo com o “New York Times”, o encerramento destes dois bancos mostra os desafios que enfrentam os bancos pequenos e médios, que muitas vezes se concentram em nichos de negócio e têm uma base de clientes mais estreita do que os ‘gigantes’ como JPMorgan Chase ou Bank of America.
O jornal norte-americano escreve que, logo na sexta-feira, o banco nova iorquino sofreu as consequências do colapso na costa Oeste: os clientes em pânico começaram a levantar dinheiro dos seus depósitos.
O Signature Bank, que presta serviços financeiros principalmente a empresas de advocacia e ao ecossistema cripto, segundo os órgãos de informação especializados, tinha ativos de 110.360 milhões de dólares e depósitos de 88.590 milhões no final de 2022. Entre os clientes do banco estavam pessoas próximas do ex-presidente dos EUA, Donald Trump.
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