
O Banco Central Europeu subiu esta quinta-feira as taxas diretoras em meio ponto percentual (50 pontos-base). O custo do financiamento em euros está agora em 3%. Antecipa que, em março, voltará a subir meio ponto
O Banco Central Europeu subiu esta quinta-feira as taxas diretoras em meio ponto percentual (50 pontos-base). O custo do financiamento em euros está agora em 3%. Antecipa que, em março, voltará a subir meio ponto
O Banco Central Europeu (BCE) decidiu esta quinta-feira subir as taxas diretoras em 50 pontos-base (meio ponto percentual), como era esperado pelos mercados. Os juros para financiamento do sector bancário estão, agora, em 3% e a remuneração dos 4 biliões de euros depositados na facilidade permanente pelos bancos passou para 2,5%.
A reunião contou, pela primeira vez, como participante de pleno direito, com o governador do banco central da Croácia, que entrou no euro em janeiro. Os governadores dos bancos centrais nacionais do sistema do euro são, agora, 20.
A equipa liderada por Christine Lagarde optou por não imitar as subidas mínimas (de 25 pontos-base) decididas na quarta-feira pelos colegas da Reserva Federal norte-americana e, em janeiro, pelo Banco do Canadá e pelo Banco Central da Coreia do Sul. O governador canadiano falou da necessidade de se ficar por “um aumento modesto” e foi mais longe, anunciando que o ciclo de subida dos juros entrava numa “pausa condicional”.
Mesmo com a inflação a ficar abaixo de 9% em janeiro e com a perspetiva de um crescimento fraco, abaixo de 1%, em 2023, o BCE não cede à pressão de abrandar o custo do dinheiro.
Antecipa inclusive que na reunião de 16 de março voltará a repetir a dose. “Atendendo às pressões sobre a inflação subjacente, o Conselho do BCE tenciona aumentar as taxas de juro em mais 50 pontos-base na próxima reunião dedicada à política monetária, em março, e avaliará então a trajetória subsequente da política monetária”, lê-se no comunicado publicado esta quinta-feira.
O conselho reafirma ainda a determinação no ciclo de aperto monetário: “Manter as taxas de juro em níveis restritivos reduzirá, com o tempo, a inflação, ao refrear a procura, e protegerá também contra o risco de uma persistente deslocação, em sentido ascendente, das expectativas de inflação”. No entanto, adianta, que para as reuniões de maio e seguintes não antecipa nada: “De qualquer modo, as futuras decisões do Conselho do BCE sobre as taxas de juro diretoras continuarão a depender dos dados e a seguir uma abordagem reunião a reunião”.
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