O Goldman Sachs vai reduzir o montante em carteira em investimentos alternativos, como fundos de capital privado ou imobiliário, para limitar o impacto negativo do desempenho destes ativos nos resultados do banco de investimento, segundo noticiou a Reuters esta segunda-feira, 23 de janeiro.
O montante de ativos alternativos em carteira ronda atualmente os 59 mil milhões de dólares (cerca de 54 mil milhões de euros ao câmbio atual), face a 68 mil milhões de dólares (63 mil milhões de euros) há um ano.
De acordo com Julian Salisbury, diretor de investimentos em gestão de ativos e de fortunas do banco, o plano do banco norte-americano é de desinvestir nos próximos anos neste tipo de ativos, considerados alternativos face às tradicionais ações e obrigações.
Mais detalhes sobre o plano serão dados no dia 28 de janeiro, dia do investidor do Goldman Sachs, disse o gestor à agência noticiosa.
Esta é a reação do banco de investimento aos resultados do ano passado, com o lucro do Goldman Sachs a cair quase 50%, com o ramo de gestão de ativos a registar uma queda de 39% nas receitas. Resultados justificados pelo “contexto económico desafiante” de 2022, de aumento acelerado das taxas de juro, reconfiguração geopolítica global, e inflação acelerada.
O banco já anunciou, entretanto, despedimentos na ordem dos 3200 trabalhadores, segundo a Reuters, a maior reestruturação desde a grande crise financeira de 2008.
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