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Segurança Social

Tribunal de Contas pede menos dívida pública na "almofada" das pensões, Governo reforça-a

A ministra do Trabalho, Solidariedade e Segurança Social, Ana Mendes Godinho, e o primeiro-ministro, António Costa.
A ministra do Trabalho, Solidariedade e Segurança Social, Ana Mendes Godinho, e o primeiro-ministro, António Costa.
MANUEL DE ALMEIDA

Tribunal de Contas voltou a recomendar ao Governo que reveja as regras de investimento do Fundo de Estabilização Financeira da Segurança Social, que obriga a que pelo menos 50% dos ativos sejam aplicados em dívida pública, mas o Orçamento do Estado reforça o seu peso. Cerca de 15% das transferências anuais para a almofada financeira das pensões vem de consignação de impostos

Há vários anos que o Tribunal de Contas vem recomendando ao Governo que reveja as regras de investimento do Fundo de Estabilização Financeira da Segurança Social (FEFSS), a “almofada” das pensões que está a ser anualmente reforçada e gerida para acudir aos défices que se avizinham. O fundo vem sendo obrigado a aplicar pelo menos metade da carteira em dívida pública, o que tem limitado a gestão da sua rendibilidade e, nos tempos mais recentes, tem provocado fortes desvalorizações. A proposta de Orçamento do Estado para 2024 introduz uma nova regra, mas em sentido contrário: força alguns dos impostos que estão consignados ao fundo a serem aplicados em dívida pública, reforçando o peso deste instrumento financeiro.

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