Segurança Social

Ginásio, creches, seguros, PPR: complementos ganham peso nos salários

28 abril 2023 17:27

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Empresas procuram cada vez mais complementos salariais flexíveis para remunerar trabalhadores. Podem representar entre 3% a 7% da folha salarial

28 abril 2023 17:27

Vales para creches e para as escolas dos filhos. Seguro de saúde e também de acidentes pessoais ou de vida. Ginásios, gadgets, reembolso de despesas. Passes e carro da empresa. Fundos de pensões, planos poupança reforma (PPR), stock options. Os complementos salariais têm vindo a alargar-se, a diversificar-se e são cada vez mais procurados pelas empresas para remunerar os seus trabalhadores. A vantagem fiscal (sobretudo de Segurança Social) é um grande empurrão a estas modalidades de pagamentos, mas os consultores falam sobretudo em “benefícios sociais” e em formas de reter pessoal num mercado de trabalho competitivo.

Os complementos salariais são, por estes dias, um negócio florescente. “Nos últimos anos tem sido um tema muito relevante na esfera das empresas, temos sido muito consultados”, diz ao Expresso Bruno Alves, sócio da PwC em Portugal. Na Mercer, a tendência é idêntica. “Os benefícios são cada vez mais encarados como fundamentais na compensação global. Tem havido um crescimento do número de empresas com benefícios e também das que optam pela variedade e flexibilidade”, descreve Tiago Borges. O peso destas modalidades na folha salarial varia, mas Tia­go Borges estima que “entre 3% e 7% da massa salarial pode ser em benefícios. Tudo depende da competitividade que as empresas queiram incutir”. Os produtos dependem da idade e do perfil dos funcionários.