O debate em torno da sustentabilidade da Segurança Social costuma cavar divisões, quer no diagnóstico quer nas soluções, mas há uma ideia que começa a conquistar terreno: as empresas mais intensivas em capital devem ser chamadas a pagar uma contribuição para financiar as pensões, em complemento à taxa social única (TSU). Em termos simplificados, as pensões devem passar a ser financiadas também por uma taxa sobre os “robôs”.
A sustentabilidade da Segurança Social foi o tema de uma conferência promovida esta quarta-feira, em Lisboa, pelo Observatório das Crises e Alternativas, do Centro de Estudos Sociais da Universidade de Coimbra, onde, além de um diagnóstico comum, os participantes convergiram nalgumas (não todas) propostas.
Manuel Carvalho da Silva, sociólogo, antigo dirigente sindical, José da Silva Peneda, ex-ministro da Segurança Social e antigo presidente do Conselho Económico e Social, Paulo Pedroso, antigo ministro do Trabalho e Solidariedade, Vanda Cruz (UGT) e Fernando Marques (CGTP) estiveram globalmente de acordo no diagnóstico: o espetro da falência da Segurança Social, muito brandido no passado, não se coloca – e quem usa estas terminologias não está a ser inocente, sublinhou Carvalho da Silva – mas a avaliação da sustentabilidade do sistema deve ser um exercício contínuo.
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