Consultor Luís Bernardo diz ser “totalmente falso” que esteve na GMG antes da entrada do fundo na estrutura acionista
Luís Bernardo volta a escrever carta ao presidente da comissão parlamentar de Cultura, Comunicação, Juventude e Desporto
O consultor Luís Bernardo diz que a “afirmação” de que foi visto a “passear” pelos “corredores da Global Media Group (GMG), nas Torres de Lisboa, por diversas vezes e muito antes ainda da entrada do fundo [World Opportunity Fund] na estrutura acionista" daquele grupo” é “totalmente falsa e fantasiosa”. O dono da WLP voltou a escrever, esta quarta-feira, uma carta ao presidente da comissão parlamentar de Cultura, Comunicação, Juventude e Desporto. Em causa estavam as audições de Marco Galinha e de José Paulo Fafe.
“Nunca tive nenhuma reunião ou entrei nas instalações da GMG antes da entrada da nova Comissão Executiva, em setembro de 2023. E, que me lembre, só́ uma vez em 2021 tive uma reunião com o então recém-entrado novo acionista Marco Galinha, administrador Afonso Camões e um responsável da equipa comercial sobre hipóteses de sinergias tendo em conta um novo pacote de projetos especiais que o Grupo estaria a lançar naquela altura. Nada mais. Desde aí, repito, nunca mais entrei nas instalações da GMG”, pode se ler na carta a que o Expresso teve acesso.
Além disso, Luís Bernardo diz que “numa breve consulta de agenda” só esteve presente em seis reuniões (três das quais na mesma semana) referentes à preparação, obtenção de informação e briefings, respeitantes ao plano estratégico de futuro que nos foi encomendado. As seis reuniões foram realizadas “desde a entrada em funções da nova Comissão Executiva”.
Na audição parlamentar de José́ Paulo Fafe (presidente da Comissão Executiva da Global Media), o mesmo disse que o antigo assessor de José Sócrates, Luís Bernardo, foi “a primeira pessoa” que desafiou “para entrar no projeto” de renovação da GM. Na carta, Luís Bernardo reforçou que “nada” tem a ver com “o Fundo que entrou na estrutura acionista da GMG”. “Eu e a empresa WLP não temos qualquer tipo de contrato empresarial ou de consultoria com a Sociedade Gestora da World Opportunity Fund (WOF)”
Esta quarta-feira, no mesmo dia que os trabalhadores da GMG cumprem um dia de greve, termina o prazo de adesão às rescisões voluntárias, para mostrar repúdio pela intenção de despedir até 200 profissionais e pela defesa do jornalismo. Em solidariedade, outros profissionais de outros grupos fizeram uma hora de greve entre as 14 e as 15 horas.
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