O Sindicato dos Jornalistas apelou esta terça-feira à adesão de todos os jornalistas a uma paralisação de uma hora, entre as 14h e 15h desta quarta-feira.
O protesto em defesa das condições de trabalho no jornalismo em Portugal, pretende igualmente manifestar solidariedade para com os trabalhadores da Global Media Group que nesse dia cumprem 24 horas de greve “pela defesa dos postos de trabalho, do salário em dívida e do jornalismo”.
“Enfrentamos, atualmente, um dos momentos mais difíceis dos últimos anos, de que a situação no Global Media Group é o exemplo mais premente e urgente. São os despedimentos coletivos, o incumprimento das leis e da contratação coletiva, as tentativas de silenciar o pluralismo, a descredibilização e a secundarização da informação fidedigna e credível”, escreve o sindicato uma nota enviada aos jornalistas.
Refletindo sobre as condições de trabalho na generalidade do setor, o sindicato sublinha a importância da profissão para a sociedade em geral. “Nós, jornalistas, estamos na linha da frente contra o totalitarismo, a intolerância, a mentira, o boato, a manipulação, a ignorância.”
“Como todos sabemos, há formas e intensidades distintas de colocar em causa a liberdade de informação. Uma das mais silenciosas e menos discutidas são as condições de trabalho dos jornalistas: em Portugal apenas metade dos jornalistas têm um contrato permanente, que contrasta com a realidade portuguesa onde os vínculos permanentes são a regra. Choca, também, com a própria Constituição e lei que proíbem a precariedade.”
Assim, argumenta, “a insegurança no emprego, a par com os salários baixos praticados no setor, representa um obstáculo grave ao desenvolvimento da profissão e constitui um entrave ao próprio direito dos cidadãos de serem informados livremente (…) Isso fere de morte a Liberdade de Imprensa, um dos mais determinantes pilares da nossa democracia.”
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