A descida das taxas Euribor, na sequência dos sucessivos cortes dos juros de referência do Banco Central Europeu (BCE), tem levado a um alívio nas prestações mensais do crédito à habitação de muitas famílias portuguesas desde o início de 2024. Mas esse alívio não só é apenas parcial - como o Expresso adiantou na semana passada, a fatura mensal ao banco ainda está até 49% acima de há três anos - como deve abrandar nos próximos meses. E a partir do primeiro trimestre de 2026 as prestações do crédito à habitação arriscam recomeçar a subir.
A explicação está na evolução das Euribor. Com o crédito à habitação a taxa variável indexado às Euribor nalgum dos seus prazos (a taxa a seis meses é a mais utilizada) a ser dominante em Portugal, a trajetória destas taxas de juro de mercado é fundamental para a evolução das prestações mensais dos empréstimos para comprar casa no nosso país. A expetativa nos mercados financeiros, traduzida nos contratos de futuros sobre estas taxas, é de que as Euribor continuem a descer nos próximos meses, mas mais lentamentamente do que até aqui, chegando ao final do ano perto dos 2%. E que recomecem a subir a partir do início de 2026.
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