A taxa de juro implícita no conjunto dos contratos de crédito à habitação em Portugal voltou a subir em novembro, para 4,524%, renovando um novo máximo desde março de 2009. Contudo, para aqueles que contrataram um empréstimo mais recentemente, a taxa de juro está mais baixa, mostram os dados do Instituto Nacional de Estatística (INE), divulgados esta terça-feira.
A taxa de juro subiu 9,1 pontos base (0,09%) face a outubro e atingiu o valor mais alto desde março de 2009. Desde abril do ano passado que esta taxa sobe todos os meses e em agosto os juros representaram mais de metade da prestação pelo quarto mês consecutivo.
Se olharmos apenas para os contratos celebrados nos últimos três meses, a taxa de juro é mais baixa e, aliás, desceu, em comparação com outubro. Segundo o gabinete estatístico, para estes contratos, “a taxa de juro desceu pela primeira vez nos últimos 20 meses, passando de 4,380% em outubro para 4,366% em novembro”.
A taxa de juro média inclui, além da aquisição de habitação, os juros para construção e reabilitação. Assim, se analisarmos apenas o financiamento de aquisição de habitação, “o mais relevante no conjunto do crédito à habitação”, segundo o INE, a taxa de juro subiu para 4,497%. Nos contratos celebrados nos últimos três meses, a taxa de juro fixou-se nos 4,353%.
A prestação média subiu para 396 euros, mais quatro euros que em outubro e mais 108 euros que em novembro de 2022 (ou mais 37,5%). Deste valor, 240 euros (61%) correspondem a pagamento de juros e 156 euros (39%) a capital amortizado.
Nos contratos celebrados nos últimos três meses, o valor médio da prestação subiu 11 euros face ao mês anterior, para 655 euros.
O INE indica ainda que, no mês em análise, o capital médio em dívida para a totalidade dos contratos subiu 252 euros, fixando-se em 64.438 euros. E nos contratos celebrados nos últimos três meses, o montante médio do capital em dívida foi 126.115 euros, mais 1012 euros que em outubro.
Tem dúvidas, sugestões ou críticas? Envie-me um e-mail: rrrosa@expresso.impresa.pt