Quando um cliente vai pedir um novo crédito à habitação, o banco é obrigado a olhar para os seus salários, para o valor da casa a comprar, para o período do empréstimo e para o juro que vai estar associado. Se o cliente escolher um juro indexado à Euribor, o banco tem de ver que peso a prestação terá no rendimento e é obrigado a simular o que aconteceria se os juros disparassem. E é neste último ponto – e apenas neste último ponto – que o Banco de Portugal decidiu mexer.
De acordo com informação apurada pelo Expresso, a autoridade bancária presidida por Mário Centeno prepara-se para tornar essa simulação menos exigente: o choque a que serão sujeitas as famílias a pedir novos créditos será metade do que atualmente é exigido.
Para os créditos ao consumidor de maior dimensão (acima de 10 anos), o que quer dizer que são créditos à habitação, o impacto atual é de uma subida de 3 pontos da taxa de juro face ao valor do indexante (Euribor) em vigor; passará a ser de 1,5 pontos.
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