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Ações da Impresa suspensas pela CMVM para permitir ao mercado "absorver a informação" sobre negociação com MFE

Francisco Pedro Balsemão, CEO da Impresa.
Francisco Pedro Balsemão, CEO da Impresa.

Na madrugada do passado sábado a Impresa comunicou que está em negociações com o grupo italiano MFE, controlado pela família Berlusconi, para a aquisição de "uma participação relevante" na dona da SIC e do Expresso

Notícia atualizada às 10h35

As ações da Impresa – SGPS, SA foram suspensas na sexta-feira pelo Conselho de Administração da Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM), "para permitir ao mercado absorver a informação entretanto divulgada", anunciou o regulador.

A decisão surge após a Impresa ter confirmado, em comunicado, que o acionista maioritário, controlado pela família Balsemão, está em negociações exclusivas com o grupo italiano MFE – MediaForEurope, detido pela família de Silvio Berlusconi, para a aquisição de uma participação relevante na dona da SIC e do Expresso.

No comunicado, a Impresa sublinha que, apesar dos contactos em curso, não existe, até ao momento, qualquer acordo vinculativo entre as partes. Caso venha a existir informação considerada privilegiada, será comunicada ao mercado.

A notícia foi inicialmente avançada pelo jornal italiano Il Messaggero, que deu conta da intenção do grupo MFE em entrar no capital da Impresa.

Resultados financeiros da Impresa e do grupo MFE

Em 2024, a Impresa registou receitas totais de 182,3 milhões de euros, um aumento de 0,2% face ao ano anterior. O EBITDA subiu 19,5%, para 18,4 milhões de euros.

Ainda assim, a empresa encerrou o ano com um resultado líquido negativo de 66,2 milhões de euros, influenciado pela constituição de imparidades. Excluindo esse impacto, o resultado líquido ajustado foi negativo em 5,5 milhões de euros, depois de um prejuízo de 2 milhões em 2023.

Já o grupo MFE fechou 2024 com receitas de 2,95 mil milhões de euros, acima dos 2,81 mil milhões do ano anterior. O resultado líquido ajustado cresceu para 266 milhões de euros (face a 209 milhões em 2023). O EBITDA avançou ligeiramente de 782 milhões para 792 milhões de euros.

Tem dúvidas, sugestões ou críticas? Envie-me um e-mail: clubeexpresso@expresso.impresa.pt

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