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TAP com o pior arranque em quatro anos, penalizada por greve da Portugália, pelo efeito da Páscoa, concorrência e perda de receita

TAP com o pior arranque em quatro anos, penalizada por greve da Portugália, pelo efeito da Páscoa, concorrência e perda de receita
Horacio Villalobos

O arranque de 2025 foi o pior primeiro trimestre dos últimos quatro anos para a TAP em termos de resultados operacionais. Uma greve, a deslocação da Páscoa para o segundo trimestre e o aumento da concorrência no Brasil empurraram a TAP para um prejuízo de 108 milhões de euros

TAP com o pior arranque em quatro anos, penalizada por greve da Portugália, pelo efeito da Páscoa, concorrência e perda de receita

Anabela Campos

Jornalista

Os Estados Unidos da América (EUA) foram a melhor notícia dos resultados da TAP no primeiro trimestre de 2025, já que aquele mercado manteve um desempenho positivo apesar da incerteza que a nova administração de Donald Trump trouxe. Mas o arranque do ano acabou por se traduzir no pior resultado operacional num primeiro trimestre da companhia aérea portuguesa dos últimos quatro anos.

No balanço entre receitas e custos, o resultado operacional foi negativo em 131,6 milhões de euros entre janeiro e março, um agravamento de 57,3 milhões face ao período homólogo. Em termos de resultado líquido, a TAP registou um prejuízo de 108 milhões de euros de janeiro a março deste ano, uma quebra de 18,1 milhões face ao período homólogo de 2024. As receitas caíram 4,5% e os custos aumentaram 2,2%, penalizados por uma subida de 19 milhões de euros para 232 milhões de euros nos gastos com trabalhadores.

“É de destacar que estes foram os piores resultados operacionais desde a pandemia, num contexto em que todos os principais grupos europeus registaram um aumento das receitas”, salienta Nuno Esteves, analista independente que acompanha as contas da TAP. As receitas da Lufthansa cresceram 10%, as do grupo IAG 9,5% e as da Iberia 8,8% e as da Air France/KLM 7,7%, aponta. O analista sublinha ainda: “o resultado líquido, embora negativo, foi atenuado por um crédito fiscal de 58,9 milhões de euros, permitindo à TAP apresentar um líquido negativo de 108 milhões de euros”.

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