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Mercado de pacotes de telecomunicações em Portugal cresce 2,3%

Mercado de pacotes de telecomunicações em Portugal cresce 2,3%
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A Meo lidera, com 41,7% dos subscritores de pacotes de serviços de telecomunicações, seguida pelo grupo NOS, com 35%, e pela Vodafone, com 20,6%, revelou o supervisor do mercado, a Anacom

No final do segundo trimestre, o mercado de pacotes de serviços de telecomunicações em Portugal atingiu os 4,7 milhões de subscritores, um aumento de 107 mil, ou 2,3%, em relação ao mesmo período do ano anterior, informou a Autoridade Nacional de Comunicações (Anacom) num relatório divulgado esta sexta-feira.

Este crescimento foi impulsionado pelas ofertas 4/5P, que abrangem serviços como televisão, internet, telefone fixo e móvel, e, nalguns casos, serviços adicionais. Este tipo de oferta registou um acréscimo de 159 mil subscritores, um aumento de 6,3%, consolidando-se como a escolha preferida entre os consumidores.

Atualmente, as ofertas 4/5P dominam o segmento residencial, com 2,7 milhões de subscritores, representando 57% do total de pacotes de serviços. Em comparação, as ofertas 3P, que incluem televisão, internet e telefone fixo, somam 1,6 milhões de subscritores, equivalentes a 34,5% do mercado. As ofertas 3P enfrentaram uma queda de 3,5% no número de subscritores, a maior queda anual desde 2015.

O segmento residencial continua a ser o motor principal do mercado de pacotes de serviços, com 86,8% dos subscritores, com a maioria destes (59,4%) a optar por pacotes 4/5P. Em contraste, o segmento não residencial, que constitui 13,2% do total, apresenta uma preferência maior por pacotes 2P, que combinam dois serviços, principalmente internet e telefone fixo.

A tendência de comercialização de serviços em pacote também é evidente na distribuição dos acessos fixos e móveis. No segmento de acessos fixos, 85,5% são vendidos em pacotes, com destaque para o serviço de distribuição de sinais de TV por subscrição (98,1%), seguido pelo serviço de acesso à internet (96,4%) e pelo serviço de telefone fixo (83,3%). Por outro lado, nos acessos móveis, a proporção de pacotes é menor, com 35,5%.

No que toca às receitas, entre janeiro e junho de 2024, os pacotes de serviços geraram 1,096 mil milhões de euros (valores sem IVA), correspondendo a 53,7% das receitas retalhistas, o que representa um crescimento de 9,1% face ao mesmo período do ano anterior.

Este aumento está alinhado com a tendência de crescimento anual em torno de 9%, observada nos últimos quatro trimestres. As ofertas 4/5P foram responsáveis por 68,4% das receitas de pacotes, equivalentes a 36,8% das receitas retalhistas totais, com o segmento residencial respondendo por 86,7% dessas receitas.

A receita média mensal por subscritor de pacotes foi de 38,99 euros, um aumento de 6,5% em comparação ao ano anterior. Para os pacotes 4/5P, a receita média mensal foi ainda mais alta, atingindo 47,46 euros, enquanto as ofertas 3P geraram uma média de 30,21 euros por mês.

Entre os principais operadores, a Meo manteve-se na liderança do mercado, com 41,7% de quota de subscritores, seguida pelo grupo NOS (35%), Vodafone (20,6%) e Nowo (2,6%).

A Meo registou um crescimento na sua quota de subscritores (+0,4 pontos percentuais), assim como a Vodafone (+0,1 p.p.), enquanto o grupo NOS e a NOWO sofreram uma diminuição nas suas quotas.

A Meo não só liderou em termos de subscritores em todas as categorias de ofertas (2P, 3P e 4/5P), como também deteve a maior quota de mercado em termos de receitas de pacotes de serviços (40%). Contudo, no segmento residencial e nas ofertas 4/5P, foi o grupo NOS que se destacou, detendo a maior quota de receitas (41,3% e 44,8%, respetivamente). No segmento não residencial, a Meo dominou, especialmente nas ofertas 2P (41,3%) e 3P (42,7%).

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