A Inapa foi declarada insolvente pelo Tribunal de Sintra, sendo que está já sob o comando de um administrador judicial. Bruno Costa Pereira é agora o responsável pela distribuidora de papel e responsável por elaborar a lista de credores que, além do BCP, tem agora confirmado o Novo Banco.
“No Tribunal Judicial da Comarca de Lisboa Oeste, Juízo de Comércio de Sintra - Juiz 4 de Sintra, no dia 01-08-2024, ao meio dia, foi proferida sentença de declaração de insolvência do(s) devedor(es): Inapa - Investimentos, Participaçoes e Gestão”, segundo o portal Citius.
Na insolvência, será feita nos próximos dias uma lista provisória de credores, mas já surgem alguns identificados, nomeadamente sucursais: Inapa Deutschland Gmbh, a Inapa France, a Inapa Portugal Distribuição de Papel. Mas também lá estão dois bancos: BCP, que a própria empresa tinha já dito publicamente que era seu credor, e o Novo Banco.
Bruno da Costa Pereira é o administrador nomeado para a insolvência, sendo que a Inapa vai dividir as atenções com a Trust in News, empresa de Luís Delgado que publica as revistas Visão e Exame, entre outras. Antes, esteve a gerir as insolvências da Groundforce e a Sousacamp, empresa conhecida como a do "rei dos cogumelos". Os credores terão agora um prazo para a reclamação de créditos de 30 dias.
Novo Banco junta-se ao BCP e a bancos alemães na lista de credores
No documento pode ler-se que o Novo Banco e o BCP estão entre os credores da Inapa, empresa que avançou com o pedido oficial de insolvência na segunda-feira (29 de julho), explicando que tal processo deve-se por não ter condições para pagar empréstimos de 34,7 milhões de euros ao Millenium BCP e de 17,7 milhões de euros a bancos alemães, que lhe seriam exigidos de imediato, devido à situação da sua subsidiária na Alemanha.
Para além do incumprimento destes pagamentos, a distribuidora informou que não foi efetuado o pagamento de três milhões de euros no dia 25 de julho de 2024, por referência à terceira série de obrigações convertíveis subscritas pela empresa alemã Papyrus GmbH.
A empresa, cuja maior participação no capital pertence ao Estado português (44,89%) - através da Parpública -, acrescenta que se verificou ser impossível cumprir com o pagamento à banca alemã, no dia 22 de julho, que era exigido no imediato. Além disso, “a declaração de insolvência da sociedade Inapa Deutschland Holding implicava o vencimento antecipado dos referidos financiamentos contraídos pela Inapa IPG junto do Millennium BCP, não tendo a Inapa IPG capacidade para liquidar tal dívida”.
No total, a Inapa tinha empréstimos bancários no valor de 151 milhões de euros.
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