Lucro da Jerónimo Martins cai quase 31% no primeiro trimestre

A queda do lucro da dona do Pingo Doce ocorreu apesar de uma subida nas vendas de 18,6%, para 8,1 mil milhões de euros
A queda do lucro da dona do Pingo Doce ocorreu apesar de uma subida nas vendas de 18,6%, para 8,1 mil milhões de euros
Jornalista
O lucro da Jerónimo Martins no primeiro trimestre caiu 30,7% para os 97 milhões de euros, face aos 140 milhões registados no mesmo período de 2023, anunciou a retalhista esta sexta-feira, em comunicado à Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM).
A queda do lucro ocorreu apesar da subida nas vendas de 18,6%, para 8,1 mil milhões de euros.
A Jerónimo Martins explica que os resultados do primeiro trimestre incorporam já uma dotação inicial de 40 milhões de euros para a criação da Fundação Jerónimo Martins, o que ajuda a explicar a queda do resultado líquido.
Por sua vez, o EBITDA (resultado antes de juros, impostos, depreciações e amortizações) consolidado aumentou 13,9%, para 508 milhões de euros, “enquanto a respetiva margem, como antecipado, foi pressionada pelo investimento em preço e pela inflação nos custos, reduzindo-se 26 p.b. [pontos-base] em relação ao mesmo período do ano anterior”, indica a empresa.
A maioria (71,3%) das receitas vieram da polaca Biedronka, cuja faturação cresceu 18,8% (em euros, já que na moeda local cresceu 9,3%) para 5,7 mil milhões de euros. O Pingo Doce foi a segunda marca com maior receita, de 1,6 mil milhões de euros (mais 8,3%).
A insígnia com maior crescimento foi a Hebe (loja de cosméticos presente na Polónia e na Chéquia, que registou receitas de 130 milhões de euros, mais 39,2% em euros e 28% na moeda local.
A nota indica ainda que a Assembleia Geral de Acionistas, realizada no passado dia 18 de abril, aprovou a proposta do Conselho de Administração de distribuir um dividendo de 0,655 euros por ação (valor bruto), num valor total de 411,6 milhões de euros, que será pago no próximo dia 15 de maio.
De recordar que, o grupo Jerónimo Martins fechou 2023 com um crescimento de 28,2% nos lucros, para os 756 milhões de euros, acompanhado de uma subida de 20,6% nas vendas, para os 30,6 mil milhões de euros.
Notícia atualizada às 7h48
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