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Lucro da Sonae cresce 6,4% em 2023, para 357 milhões de euros

Lucro da Sonae cresce 6,4% em 2023, para 357 milhões de euros
Rui Duarte Silva

A Sonae fechou o ano passado com um lucro de 357 milhões de euros, e o EBITDA do grupo liderado por Cláudia Azevedo ascendeu a 990 milhões, um valor recorde na história da retalhista portuguesa

Lucro da Sonae cresce 6,4% em 2023, para 357 milhões de euros

Miguel Prado

Editor de Economia

O grupo Sonae alcançou em 2023 um resultado líquido de 357 milhões de euros, superior em 6,4% ao lucro obtido no ano anterior, revela a retalhista liderada por Cláudia Azevedo em comunicado à Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM).

No ano passado o volume de negócios da Sonae cresceu 9,2%, para 8399 milhões de euros, o que o grupo atribui ao crescimento da MC (onde estão integrados os supermercados Continente) e ao investimento em expansão.

O EBITDA (resultado antes de juros, impostos, depreciações e amortizações) cresceu 7,2%, para um valor recorde de 990 milhões de euros, mas com a margem EBITDA a recuar ligeiramente, perdendo 0,2 pontos percentuais face ao ano passado, para 11,8%.

A empresa nota no seu comunicado desta quarta-feira que fechou 2023 com “a rentabilidade pressionada pelos esforços para absorver parte da pressão inflacionista, sobretudo nos formatos de retalho alimentar”.

Num ano marcado, no seu final, pelo lançamento da oferta pública de aquisição (OPA) sobre a finlandesa Musti (concluída já em 2024), a Sonae viu a sua dívida líquida recuar 3%, para 526 milhões de euros.

A presidente executiva da Sonae, Cláudia Azevedo, sublinhou na sua mensagem ao mercado que o ano passado foi marcado por um “contexto de grande incerteza e volatilidade”, mas apesar disso o grupo conseguiu “resultados consolidados sólidos”.

“A nossa determinação, engenho e rapidez de execução permitiram-nos atingir excelentes desempenhos nos principais mercados em que atuamos, conquistando a confiança e a preferência de um número crescente de clientes. Ao nível do grupo, mantivemo-nos focados em encontrar oportunidades de crescimento, otimizando e fortalecendo o nosso portefólio de forma a estarmos mais preparados para enfrentar o futuro”, comentou a gestora.

No retalho alimentar, com a MC, a Sonae abriu 21 novas lojas no ano passado, das quais 19 Continente Bom Dia, fechando o ano com um volume de negócios de 6,6 mil milhões de euros, mais 10,5% do que no ano anterior.

No retalho de eletrónica a Worten aumentou as vendas em 4,9%, para 1,3 mil milhões de euros, tendo durante o ano aberto 18 novas lojas próprias.

Já no imobiliário a Sierra (gestora de centros comerciais) obteve um lucro de 89 milhões de euros, mais 59 milhões do que tinha ganho em 2022.

A Sonae informou ainda que nas tecnologias a carteira de investimentos da Bright Pixel já abrange 43 empresas em todo o mundo e que nas telecomunicações a NOS contribuiu com 63 milhões de euros para o resultado do grupo (face a 61 milhões no ano anterior).

No comunicado à CMVM a Sonae revelou que irá propor aos acionistas a distribuição de um dividendo de 5,639 cêntimos por ação, o que corresponde a 25% do resultado direto consolidado do grupo.

Tem dúvidas, sugestões ou críticas? Envie-me um e-mail: mprado@expresso.impresa.pt

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