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Altice Portugal cresce a dois dígitos, receitas aproximam-se dos três mil milhões em 2023

Ana Figueiredo, presidente executiva da Altice Portugal
Ana Figueiredo, presidente executiva da Altice Portugal

À espera de saber se é ou não vendida, a operação portuguesa do grupo Altice viu os resultados aumentarem em 2023. As receitas cresceram 10,5% para 2,906 mil milhões de euros

Altice Portugal cresce a dois dígitos, receitas aproximam-se dos três mil milhões em 2023

Anabela Campos

Jornalista

A Altice Portugal volta a mostrar que é uma das melhoras operações do grupo de Patrick Drahi em termos de rentabilidade. Em 2023, as receitas e o EBITDA (meios operacionais libertos) atingiram os 2,906 mil milhões de euros e os 1,038 mil milhões de euros, um aumento homólogo de 10,5% e 14,5%, respetivamente. A Altice Portugal é líder em todos os segmentos de mercado.

Com o 5G a exigir um reforço do investimento, a empresa liderada por Ana Figueiredo avança que investiu 488 milhões de euros no ano passado, um crescimento curto de 1% face a 2022. A empresa tinha 6,4 milhões de casas com fibra no final de 2023.

A dona da MEO atribui o crescimento dos resultados à "contínua aquisição de clientes e à manutenção de níveis reduzidos de desligamentos". Os serviços fixos cresceram 2,2% em 2023 face a 2022 e totalizam 6 milhões de clientes e os serviços de Televisão por Subscrição 3,3% (1,9 milhões de clientes).

O crescimento no terceiro trimestre foi modesto. As receitas cresceram 7,5%, face a igual período do ano anterior, ascendendo aos 747 milhões de euros. No último trimestre do ano, o EBITDA ascendeu a 258 milhões de euros, um aumento de 17,9%, e o investimento foi de 147 milhões de euros (143 milhões no trimestre homologo de 2022).

Vender ou não vender, eis a questão

Aguarda-se a qualquer momento uma decisão de Patrick Drahi sobre a venda da Altice Portugal. Há, ao que tudo indica, três investidores interessados em disputar a compra da Meo. Na corrida, convidados pelo empresário proprietário da Altice, estarão a Saudi Telecom Company, a Iliad, do milionário francês Xavier Niels, e o fundo Warburg Pincus, que avança associado a António Horta-Osório, noticiou a Bloomberg. Para trás ficam os fundos Apollo e CVC.

São candidatos à compra da Altice Portugal como um todo. Mas ninguém pode garantir neste momento que o preço oferecido pelos candidatos agrade a Drahi ou que este não opte em vender apenas partes do negócio em Portugal.

A MEO é, de longe, a maior operação da Altice Internacional. Portugal contribuiu com receitas de €2,630 mil milhões em 2022, mais do dobro da contribuição da Altice Israel (€1,196 mil milhões), a segunda maior, e quatro vezes mais do que a República Dominicana (€602 milhões).

Tem dúvidas, sugestões ou críticas? Envie-me um e-mail: ACampos@expresso.impresa.pt

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