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Lucro da NOS recua 19% em 2023, para 181 milhões de euros

Miguel Almeida, presidente da Comissão Executiva da NOS
Miguel Almeida, presidente da Comissão Executiva da NOS
José Carlos Carvalho

As receitas anuais da operadora de telecomunicações liderada por Miguel Almeida aumentaram 5%, para 1597 milhões de euros, à boleia dos serviços móveis. Cinemas também recuperaram, mas ainda estão aquém de 2019

Em 2023 a NOS lucrou 181 milhões de euros, menos 19,4% do que no ano anterior, informou esta terça-feira, em comunicado, a operadora de telecomunicações.

Em 2022 o resultado líquido da operadora tinha sido de 224 milhões de euros. No entanto, o resultado líquido excluindo as mais valias referentes à alienação de torres tinha sido de cerca de 138 milhões.

Assim, se excluirmos o efeito da venda das torres a NOS registou uma subida de 30% do seu lucro.

As receitas da operadora liderada por Miguel Almeida aumentaram 5%, para 1597 milhões de euros. Por sua vez, o EBITDA (resultado antes de juros, impostos, depreciações e amortizações) teve uma subida mais expressiva, de 10,1%, para 716,7 milhões de euros.

“O sucesso operacional reflete-se em todas as linhas de negócio”, indica a nota da empresa, mas o “principal motor de crescimento [foi] o setor dos serviços móveis”. Já nos serviços fixos, a empresa ganhou “25 mil clientes de TV por subscrição fixa e 28 mil clientes de banda larga”.

Em relação aos custos, a NOS indica que “as principais áreas de declínio em termos homólogos foram o custo de mercadorias vendidas”, mas a empresa conseguiu poupar “na componente variável dos custos de programação de canais desportivos”. No total, os custos operacionais atingiram os 880,8 milhões de euros, mais 1,2% que em 2022.

A empresa refere ainda que nos cinemas houve “um aumento significativo do número de espectadores” com as vendas de bilheteira a aproximar-se dos níveis pré-pandemia de 2019, catapultadas por êxitos de bilheteira como o fenómeno "Barbenheimer". Apesar de um quarto trimestre de 2023 “mais anémico”, a bilheteira cresceu 28,7% face a 2022, estando agora a 13% dos valores registados em 2019.

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