O empresário Marco Galinha contrariou esta terça-feira no Parlamento a ideia de que o grupo Global Media atravessa uma situação financeira “gravíssima” - versão apresentada pela comissão executiva liderada por José Paulo Fafe. Foi em resposta aos deputados na Comissão de Cultura, Comunicação, Juventude e Desporto, que está a analisar a situação do grupo que detém o Jornal de Notícias (JN), Diário de Notícias (DN), TSF e O Jogo: “A situação da Global Media não pode ser tão má assim, havia bastantes propostas de compra, eu recebi quatro propostas”.
Marco Galinha cedeu a meio de novembro o cargo de presidente executivo do grupo, mantendo-se como presidente do conselho de administração. Foi questionado por vários deputados sobre quem está por trás do fundo - World Opportunity Fund (WOF) - a quem vendeu, em setembro, a maioria do capital da Global Media e sobre o qual pouco se sabe a não ser que é gerido pela sociedade gestora de ativos Union Capital Group, com sede na Suiça, empresa que tem como representante o gestor Clément Ducasse. Mas negou saber quem o controla, dizendo que a negociação foi conduzida por um escritório de advogados: o negócio foi tratado pelo advogado José Leitão, do segundo maior escritório de Macau.
Questionado sobre se há capital brasileiro no WOF – e se ele está ligado ao empresário brasileiro Daniel Dantas – respondeu: “Não conheço ninguém deste fundo”.
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