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Acionistas que controlam 41% da Cofina apoiam Ronaldo na oferta pela dona do 'Correio da Manhã'

Edifício sede da Cofina, que detém, entre outros meios, o Correio da Manhã e a CMTV
Edifício sede da Cofina, que detém, entre outros meios, o Correio da Manhã e a CMTV

A Cofina, dona do ‘Correio da Manhã’, ‘Record’, ‘Sábado’ e ‘Jornal de Negócios’, confirmou à CMVM o envolvimento de Cristiano Ronaldo no grupo de investidores que pretendem comprar a Cofina Media. Mas a oferta inclui também acionistas que já detêm 41% do grupo Cofina

Acionistas que controlam 41% da Cofina apoiam Ronaldo na oferta pela dona do 'Correio da Manhã'

Miguel Prado

Editor de Economia

A Cofina SGPS revelou esta segunda-feira, em comunicado à Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM), que a oferta que recebeu pela Cofina Media, dona do “Correio da Manhã”, entre outros títulos, incluiu não só o futebolista e empresário Cristiano Ronaldo, mas também três acionistas de referência do grupo Cofina.

No comunicado ao mercado, que foi motivado por pedidos de esclarecimento da CMVM, a Cofina refere que a oferta vinculativa recebida pela sua empresa de media foi apresentada por uma sociedade designada Expressão Livre SGPS.

Essa empresa, de acordo com a Cofina, será detida, direta ou indiretamente, por 11 investidores: Luís Santana, Ana Dias, Octávio Ribeiro, Isabel Rodrigues, Carlos Rodrigues, Luís Ferreira, Carlos Cruz, Cristiano Ronaldo, Domingos Vieira de Matos, Paulo Fernandes e João Borges de Oliveira.

Ou seja, deste leque de investidores (cujas participações não são detalhadas), faz parte não só o futebolista Cristiano Ronaldo (cujo envolvimento no consórcio tinha já sido assumido por Luís Santana no início deste mês), mas também três atuais acionistas de referência da Cofina, que poderão ser decisivos no sucesso da oferta de aquisição.

Domingos Vieira de Matos, através da Livrefluxo, controla 12,09% da Cofina, e a sua participação no consórcio de investidores já era conhecida. Mas a ele juntam-se Paulo Fernandes, que através da Actium Capital detém 13,88% da Cofina, e João Borges de Oliveira, que por via da Caderno Azul tem 15,01% da Cofina.

Num outro comunicado enviado à CMVM, a Cofina já havia indicado que a oferta apresentada por este grupo de investidores avaliava a Cofina Media em 75 milhões de euros.

A Expressão Livre SGPS, de acordo com os dados do Ministério da Justiça, foi constituída a 4 de julho, com um capital social de 50 mil euros. A empresa foi criada já depois de o jornal “Eco” e o “Jornal Económico” terem revelado, a 30 de junho, o envolvimento de Ronaldo num grupo de investidores que pretendia comprar a Cofina Media.

Nesse dia, a CMVM suspendeu as ações da Cofina, à espera de mais informação ao mercado. Na segunda-feira, 3 de julho, os títulos do grupo Cofina voltaram a ser transacionados. E no dia seguinte o grupo de investidores que inclui Cristiano Ronaldo formalizou a criação da empresa Expressão Livre.

Tem dúvidas, sugestões ou críticas? Envie-me um e-mail: mprado@expresso.impresa.pt

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