O ex-presidente executivo do Twitter, Parag Agrawal, e dois outros antigos executivos estão a processar a rede social, que agora pertence a Elon Musk, por não cobrir mais de 1 milhão de dólares (cerca de 900 mil euros ao câmbio atual) em despesas jurídicas pessoais, incluindo aquelas relacionadas com uma investigação do Departamento de Justiça dos Estados Unidos, escreve o “Financial Times”.
Agrawal, Vijaya Gadde, que era o diretor jurídico do Twitter, e Ned Segal, gestor que tinha o pelouro financeiro, foram demitidos por Musk quando este adquiriu a plataforma por cerca de 44 mil milhões de dólares (40 mil milhões de euros).
Os três consideram que a empresa “se recusou a reconhecer as suas obrigações e a remeter o pagamento de quaisquer faturas”, depois de terem incorrido pessoalmente em “despesas significativas” respondendo a ações judiciais e investigações relacionadas com os seus cargos anteriores.
De notar, contudo, que não ficou claro a que investigações os três se referem e se sequer continuam em andamento. O Departamento de Justiça não prestou declarações adicionais ao jornal.
Adicionalmente, Agrawal e Segal também incorreram em despesas jurídicas em relação às investigações de 2022 pela Comissão de Valores Mobiliários dos EUA. A entidade está a investigar se Musk violou os regulamentos ao não divulgar oportunamente quando comprou inicialmente uma participação de 9,2% no Twitter no ano passado, ainda antes de adquirir o controlo da rede social.
As empresas geralmente cobrem este tipo de custos.
Mas Musk tem tido uma política de cortes dentro da empresa. Além dos despedimentos em massa, o Twitter está a negociar ou mesmo a recusar o pagamento imediato a alguns fornecedores e parceiros.
O também dono da Tesla poupou bastante dinheiro em indemnizações. Com a rescisão destes três antigos executivos “por justa causa” no ano passado, Musk anulou as grandes indemnizações que eles esperavam receber – quase 60 milhões de dólares (55 milhões de euros) no caso de Agrawal. De acordo com o jornal, não está claro se os três planeiam contestar os termos das suas rescisões na justiça.
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