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Efacec recebe quatro propostas vinculativas de compra

Efacec recebe quatro propostas vinculativas de compra
Rui Duarte Silva

Depois da desistência da Mota Engil e do alargamento por 24 horas do prazo para receber as ofertas de compra, a Parpública recebeu quatro propostas vinculativas pela Efacec

Efacec recebe quatro propostas vinculativas de compra

Anabela Campos

Jornalista

Efacec recebe quatro propostas vinculativas de compra

Isabel Vicente

Jornalista

As propostas vinculativas melhoradas para comprar a participação de 71,73% da Efacec que está atualmente nas mãos do Estado português foram entregues esta terça-feira à Parpública. Entre os candidatos que entregaram ofertas estão a Mutares, a Oaktree, a Oxy Capital e o consórcio Visabeira-Sodecia, refere a Parpública em comunicado.

O consórcio formado pela Visabeira e Sodecia, como noticiou o Expresso, acabou por avançar com uma oferta melhorada. O mesmo fizeram os três fundos de private equity, o português Oxy Capital e os estrangeiros Mutuares e Oaktree.

“No âmbito do processo de reprivatização de 71,73% do capital social da Efacec Power Solutions, SGPS, S. A., a Parpública - Participações Públicas (SGPS), S.A. informa o mercado e o público em geral que recebeu, no prazo estabelecido, propostas vinculativas melhoradas por parte da Mutares, Oaktree, Oxy Capital e Agrupamento Visabeira-Sodecia”, refere o comunicado.

O documento da Parpública, empresa estatal onde está estacionada a posição de 71,73% que era de Isabel dos Santos, é curto. Refere apenas que agora “seguir-se-á a verificação da regularidade e análise das referidas propostas”.

O Expresso sabe que a Mutares deverá apresentar uma oferta pela totalidade da Efacec Power Solutions, embora possa haver outras propostas com modelos diferentes de aquisição.

O passo seguinte é enviar ao Governo a lista com os quatro candidatos que avançaram com propostas e fazer uma hierarquização das mesmas para que o Conselho de Ministros possa tomar uma decisão.

A Efacec está numa situação financeira difícil e o facto de a privatização se ter arrastado até agora, com tentativas falhadas de venda, piorou ainda mais o negócio da empresa.

Ainda não foram divulgadas as contas de 2022 mas segundo o Eco os prejuízos operacionais da Efacec ascenderam a 90,6 milhões negativos, o que representa mais do dobro do que em 2021, com um resultado operacional negativo de 38,9 milhões. A situação líquida da Efacec traduz-se em capitais próprios negativos de cerca de meia centena de milhões de euros, e o valor não é mais elevado devido a um crédito fiscal por reporte de prejuízos passados.

A dívida global da Efacec continuou a aumentar em 2022: foram contraídos dois empréstimos junto do acionista Parpública no valor de 70,5 milhões de euros.

Notícia atualizada às 20h56.

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