Efacec recebe quatro propostas vinculativas de compra

Depois da desistência da Mota Engil e do alargamento por 24 horas do prazo para receber as ofertas de compra, a Parpública recebeu quatro propostas vinculativas pela Efacec
Depois da desistência da Mota Engil e do alargamento por 24 horas do prazo para receber as ofertas de compra, a Parpública recebeu quatro propostas vinculativas pela Efacec
Jornalista
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As propostas vinculativas melhoradas para comprar a participação de 71,73% da Efacec que está atualmente nas mãos do Estado português foram entregues esta terça-feira à Parpública. Entre os candidatos que entregaram ofertas estão a Mutares, a Oaktree, a Oxy Capital e o consórcio Visabeira-Sodecia, refere a Parpública em comunicado.
O consórcio formado pela Visabeira e Sodecia, como noticiou o Expresso, acabou por avançar com uma oferta melhorada. O mesmo fizeram os três fundos de private equity, o português Oxy Capital e os estrangeiros Mutuares e Oaktree.
“No âmbito do processo de reprivatização de 71,73% do capital social da Efacec Power Solutions, SGPS, S. A., a Parpública - Participações Públicas (SGPS), S.A. informa o mercado e o público em geral que recebeu, no prazo estabelecido, propostas vinculativas melhoradas por parte da Mutares, Oaktree, Oxy Capital e Agrupamento Visabeira-Sodecia”, refere o comunicado.
O documento da Parpública, empresa estatal onde está estacionada a posição de 71,73% que era de Isabel dos Santos, é curto. Refere apenas que agora “seguir-se-á a verificação da regularidade e análise das referidas propostas”.
O Expresso sabe que a Mutares deverá apresentar uma oferta pela totalidade da Efacec Power Solutions, embora possa haver outras propostas com modelos diferentes de aquisição.
O passo seguinte é enviar ao Governo a lista com os quatro candidatos que avançaram com propostas e fazer uma hierarquização das mesmas para que o Conselho de Ministros possa tomar uma decisão.
A Efacec está numa situação financeira difícil e o facto de a privatização se ter arrastado até agora, com tentativas falhadas de venda, piorou ainda mais o negócio da empresa.
Ainda não foram divulgadas as contas de 2022 mas segundo o Eco os prejuízos operacionais da Efacec ascenderam a 90,6 milhões negativos, o que representa mais do dobro do que em 2021, com um resultado operacional negativo de 38,9 milhões. A situação líquida da Efacec traduz-se em capitais próprios negativos de cerca de meia centena de milhões de euros, e o valor não é mais elevado devido a um crédito fiscal por reporte de prejuízos passados.
A dívida global da Efacec continuou a aumentar em 2022: foram contraídos dois empréstimos junto do acionista Parpública no valor de 70,5 milhões de euros.
Notícia atualizada às 20h56.
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