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Protecionismo americano: ameaça ou oportunidade para as empresas europeias?

Protecionismo americano: ameaça ou oportunidade para as empresas europeias?
CARLO ALLEGRI/REUTERS

Europa teme deslocalização de investimentos, redução da quota de exportações para os EUA e perda global de competitividade. Mas há análises a sossegar as inquietações, antecipando um efeito de contágio do IRA americano na economia europeia. Primeiro-ministro vai esta quarta-feira ao Parlamento antecipar um conselho europeu extraordinário

Cumprindo o protocolo, o primeiro-ministro vai esta tarde ao Parlamento explicar aos deputados a agenda que quinta e sexta-feira discutirá com os seus parceiros europeus. A diferença deste encontro face à maioria é que este conselho europeu é extraordinário e debate um dos temas mais candentes na Europa: como devem os 27 responder à vaga protecionista que avança de oriente, da China, e de ocidente, dos Estados Unidos da América (EUA).

A estratégia agressiva dos EUA de incentivo à produção e consumo internos tem gerado alvoroço na União Europeia. A Europa, que gostaria de ver nos Estados Unidos um aliado para enfrentar o crescente domínio da China em setores estratégicos, acaba por ver-se encurralada. E teme que a revitalização do protecionismo, em particular um programa que entrou em vigor em janeiro, o IRA (Inflation Reduction Act) desvie investimento direto estrangeiro e promova uma deslocalização das suas empresas. E, para as que continuem cá, que percam quota de exportação para os EUA e competitividade nos mercados internacionais.

Ainda não se conhecem estudos de impacto que sustentem estes receios. O IRA ainda está a ser digerido, e há espaço para mitigar alguns dos seus efeitos durante a fase de regulamentação, e a Comissão Europeia ainda está a fazer o levantamento dos riscos potenciais. Mas já há relatos de empresas que ameaçam deslocalizar-se para os EUA, como aquele que o ministro da Economia, António Costa Silva, avançou ao Expresso ao garantir que haverá investimentos em Sines que entretanto ficaram suspensos.

Contudo, ao mesmo tempo, surgem também análises de empresas e institutos privados que começam a pôr alguma água na fervura. E a concluir que, à boleia do generoso pacote norte-americano equivalente a 360 mil milhões de euros, não faltarão novas oportunidades de negócios, também na Europa.

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