Proveitos turísticos mais do que duplicam até novembro

Nos primeiros 11 meses de 2022, os proveitos totais no alojamento turístico em Portugal mais do que duplicaram face ao período homólogo, segundo o INE
Nos primeiros 11 meses de 2022, os proveitos totais no alojamento turístico em Portugal mais do que duplicaram face ao período homólogo, segundo o INE
Os proveitos totais dos estabelecimentos de alojamento turístico nos primeiros 11 meses de 2022 mais do que duplicaram face a 2021 e aumentaram 16,2% relativamente a 2019, ano pré-pandemia, somando 4751,3 milhões de euros, divulgou esta sexta-feira, 13 de janeiro, o INE.
Segundo os dados da Atividade Turística de novembro do ano passado do Instituto Nacional de Estatística (INE), "no conjunto dos primeiros 11 meses de 2022, os proveitos totais cresceram 118,2% e os relativos a aposento aumentaram 120,4%".
Comparando com igual período de 2019, verificaram-se aumentos de 16,2% e 17,4%, respetivamente.
Comparando com novembro de 2019, registaram-se aumentos de 25,5% nos proveitos totais e 29,2% nos relativos a aposento (+27,0% e +27,8% em outubro, pela mesma ordem).
Em novembro, a Área Metropolitana de Lisboa concentrou 43,7% dos proveitos totais e 47,0% dos relativos a aposento, seguindo-se o Norte (15,9% e 16,0%, respetivamente), que ultrapassou o Algarve (13,6% e 11,8%, pela mesma ordem).
Neste mês, o setor do alojamento turístico registou 1,7 milhões de hóspedes e 4,2 milhões de dormidas, o que corresponde a aumentos de 19,7% e 19,4%, respetivamente, em relação ao mesmo mês de 2021 (+23,6% e +23,8% em outubro, pela mesma ordem.
Face a novembro de 2019, registaram-se variações de -1,0% e +4,3%, respetivamente, adianta o INE.
Em novembro, o mercado interno contribuiu com 1,3 milhões de dormidas e voltou a registar uma evolução positiva (+6,3%), após um decréscimo em outubro (-3,2%), mas os mercados externos predominaram (peso de 68,9%) e totalizaram 2,9 milhões de dormidas (+26,4%).
Comparando com 2019, registaram-se aumentos de 0,8% nas dormidas de residentes e 5,9% nas de não residentes, o que - destaca o INE - "neste último caso corresponde ao maior crescimento mensal face a 2019".
No conjunto dos primeiros 11 meses de 2022, as dormidas aumentaram 89,4% (+22,4% nos residentes e +157,7% nos não residentes). Comparando com o mesmo período de 2019, as dormidas diminuíram 1,2% (-5,3% nos não residentes e +8,4% nos residentes).
No que se refere às taxas líquidas de ocupação-cama e de ocupação-quarto nos estabelecimentos de alojamento turístico, foram em novembro de 2022 "semelhantes às registadas em novembro de 2019": 35,3% e 45,4%, respetivamente, face a 35,2% e 45,6%, pela mesma ordem, no ano pré-pandémico.
Em novembro do ano passado, o rendimento médio por quarto disponível (RevPAR) atingiu 39,8 euros, tendo aumentado 31,4% face a novembro de 2021 e 23,8% em comparação com o mesmo mês de 2019.
Segundo destaca o INE, "este indicador aumentou 72,6% desde o início do ano, com crescimentos de 74,6% na hotelaria, 83,6% no alojamento local e 18,4% no turismo no espaço rural e de habitação".
No que respeita ao rendimento médio por quarto ocupado (ADR), atingiu 87,6 euros em novembro, +18,1% em relação ao mesmo mês de 2021. Face a novembro de 2019, o ADR aumentou 24,2%.
Em novembro, "entre os municípios com maior representatividade no total de dormidas, destacou-se Lisboa com uma recuperação face aos níveis de 2019, e Albufeira, que apresentou ainda uma redução de dormidas face a 2019, em ambos os casos maioritariamente devido aos não residentes".
Considerando a generalidade dos meios de alojamento (estabelecimentos de alojamento turístico, campismo e colónias de férias e pousadas da juventude), nos primeiros 11 meses do ano, registaram-se 27,2 milhões de hóspedes e 73,1 milhões de dormidas, correspondendo a crescimentos de 83,6% e 83,5%, respetivamente.
Contudo, comparando com o mesmo período de 2019, as dormidas diminuíram 1,3% (+5,2% nos residentes e -4,6% nos não residentes).
Na globalidade dos estabelecimentos, a estada média (2,69 noites) diminuiu 0,1% (-6,6% nos residentes e -3,9% nos não residentes).
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